Brasil tem potencial para se tornar polo global de aço e alumínio verde, segundo estudo da BCG
O país obtém vantagens adicionais, devido à sua energia proveniente principalmente de fontes renováveis.

O Brasil pode se tornar um dos principais polos mundiais de produção de aço e alumínio de baixo carbono, conforme apontado em estudo da Boston Consulting Group, durante o Brazil Climate Summit Europe, em Paris. O evento, na França, congregou empresários, investidores e especialistas do setor para discutir o papel do país na transição climática global.
O relatório indica que o país poderá receber investimentos entre US$ 2,6 trilhões e US$ 3 trilhões até 2050, aproveitando suas vantagens naturais e energéticas para liderar a descarbonização da indústria pesada.
O estudo aponta que o Brasil detém 17% das reservas mundiais de minério de ferro e 9% das de bauxita, matérias-primas cruciais para a fabricação de aço e alumínio, respectivamente. Contudo, sua atuação nas fases de processamento permanece limitada: apenas 2% da produção global de minério de ferro e 1% da de alumínio primário.
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A produção nacional também se aproveita da diversidade de recursos naturais, além de uma matriz energética predominantemente renovável, o que diminui a emissão de carbono nos processos industriais. Esse fator concede ao Brasil uma posição vantajosa em relação a países como China e Índia.
A exportação de excedentes de energia pode diminuir as emissões na Europa.
Se o Brasil aumentar suas exportações para a União Europeia em 15 a 20 milhões de toneladas de aço e alumínio verde por ano, a UE poderia reduzir até 50 milhões de toneladas de CO2 equivalente em emissões de Escopo 3 – aquelas associadas à cadeia de suprimentos, fora do controle direto das empresas.
Este volume corresponderia a uma multiplicação de 20 a 22 vezes das exportações brasileiras atuais para a União Europeia. A pesquisa estima que essa expansão pode atrair entre dez e 15 bilhões de euros em novos investimentos para o país.
Em um cenário hipotético, se o Brasil igualasse sua contribuição para o aproveitamento de minerais ao seu nível de participação na mineração, haveria uma redução global de 125 a 165 milhões de toneladas de CO2 por ano. Apenas com o aço, a queda seria de 85 a 105 milhões de toneladas; no alumínio, entre 40 e 50 milhões.
Esta projeção contempla a substituição da produção em países com maior intensidade de carbono por processamento brasileiro, utilizando a eficiência energética do país.
Investimentos já estão em andamento no Brasil.
O relatório do BCG também aponta ações em andamento para assegurar a transição verde na indústria.
O estudo também analisa os impactos do CBAM (Mecanismo de Ajuste de Borda de Carbono), mecanismo europeu que tributará produtos com base nas emissões de carbono. Atualmente, o CBAM considera apenas as emissões diretas (Escopo 1), o que beneficia países como a China, que adota preços mais baixos.
Se a União Europeia incorporar o Escopo 2 (emissões relacionadas à eletricidade utilizada na produção), o alumínio brasileiro se tornará mais competitivo, em razão do emprego de energia limpa. Nesse contexto, os produtos do Brasil poderiam auxiliar empresas europeias a atingir metas ambientais com menor custo.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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