Pedro Matos iniciou a temporada de 2025 com um feito histórico: venceu em março a primeira etapa do Circuito Mundial de Kitesurf, em Cabo Verde, e se tornou o primeiro brasileiro a obter o título na tradicional praia de Ponta Preta.

O atleta de 27 anos, atualmente na terceira posição mundial, almeja alcançar o primeiro lugar no ranking global e, potencialmente, representar o Brasil em competições olímpicas, caso o kitewave seja incluído no programa esportivo da modalidade.

O retrospecto é positivo para Matos, que conquistou o título sul-americano em 2015 e o primeiro título mundial em 2016, na China.

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Vitória inédita em Cabo Verde

Ao final da fase, Pedro confrontou o multicampeão Airton Cozzolino em uma disputa intensa, decidida somente na última onda. No percurso até o título, também superou o compatriota Gabriel Benetton, atual campeão mundial.

Foi um momento muito especial para mim. É sempre bom começar uma temporada com uma vitória, afirmou em entrevista à CNN Esportes.

Pedro atribui parte do seu desempenho à preparação física e, principalmente, ao trabalho mental. “Tenho um coach esportivo que me auxilia e ele é fundamental para o meu sucesso. O mental forte é essencial, ainda mais num esporte que depende tanto das condições climáticas”, declarou.

Ele treina regularmente em sessões funcionais, com foco no Rio de Janeiro e Ceará, e aproveita para surfar no mar quando o tempo permite ondas. O Postinho, na Barra da Tijuca, e a vila do Preá, referência para a prática da modalidade no estado nordestino, são seus principais locais de preparação.

Próximos desafios no Mundial

Após a vitória em Cabo Verde, Matos já projeta as próximas etapas do GKA Kite-Surf World Cup.

A competição será realizada em Sylt, Alemanha, entre 26 e 31 de agosto; em Dakhla, Marrocos, entre 5 e 12 de outubro; e concluirá-se em Ibiraquera, Santa Catarina, entre 25 de outubro e 1º de novembro.

Cada fase representa um novo desafio. Em competições como essa, a regularidade é fundamental e não há espaço para concessões. A última vitória foi importante, mas meu foco agora já está na próxima etapa, ressaltou.

Brasil lidera o ranking mundial de kitesurf.

O Brasil está em destaque na modalidade, com Pedro Matos, Gabriel Benetton e Sebastian Ribeiro também figurando no top 10 do ranking mundial.

É sempre positivo ter atletas brasileiros envolvidos. O Brasil já é uma potência no kitesurf. Espera-se que a visibilidade cresça, como ocorreu com o surf e o skate, acrescentou.

Olimpíada

O kitesurf teve sua primeira aparição olímpica nos Jogos de Paris 2024, na classe Formula Kite, que emprega pranchas com hidrovoil e velas específicas. Contudo, essa modalidade se diferencia do kitesurf de ondas, praticado por Pedro Matos.

Atualmente, o kitesurf de ondas não integra o programa olímpico, porém Pedro almeja que sua modalidade seja incluída nos Jogos no futuro.

Não é algo que esteja ao meu alcance, mas espero que minha modalidade possa estar nas olimpíadas. É um sonho que espero concretizar, poder estar representando meu país na competição esportiva mais importante do mundo.

Fonte: CNN Brasil