BRICS defende a utilização de combustíveis fósseis durante a transição energética

O Bloco Econômico das Nações da América Latina e do Caribe (BRICS) sustenta que petróleo, gás natural e carvão permanecem essenciais para assegurar a segurança energética em países em desenvolvimento.

20/05/2025 14h12

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(Imagem de reprodução da internet).

Os ministros de Energia dos países do Brics defenderam na segunda-feira (19.mai.2025) o papel dos combustíveis fósseis na matriz energética global, notadamente em países em desenvolvimento. A declaração foi apresentada no comunicado final da 10ª Reunião Ministerial de Energia do grupo, realizada em Brasília. A íntegra do documento está disponível (PDF – 532 kB).

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O documento ressalta que a mudança para fontes de energia deve ser “justa, ordenada e equânime”. Os ministros afirmam que a otimização da eficiência e a utilização de todas as fontes de energia existentes, incluindo as de origem fóssil, são cruciais nesse processo.

O grupo defende que petróleo, gás natural e carvão continuam sendo essenciais para assegurar a segurança energética em economias emergentes. Os países do BRICS argumentam que, sem levar em conta as diversas realidades e fases de desenvolvimento, a mudança para fontes renováveis pode ser desigual e comprometer o crescimento de nações mais vulneráveis.

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Defendem que cada país possua autonomia para determinar o ritmo e o curso de sua própria transição, considerando suas prioridades e capacidades nacionais.

A carta ressaltou o respeito ao direito dos Estados de decidirem, de forma autônoma, o ritmo e a direção de suas transformações energéticas. Compartilhava-se a convicção de que a otimização da eficiência energética e a utilização adequada de todas as fontes e tecnologias energéticas são cruciais para uma transição equânime em direção a sistemas energéticos mais adaptáveis, robustos e sustentáveis.

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O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, planeja colaborar com a Petrobras assegurando a participação das petroleiras nas discussões da conferência do clima, a ser realizada em Belém (PA), em novembro.

Não haverá respostas adequadas se não estivermos todos unidos.

O grupo também enfatizou o direito soberano de cada país sobre seus recursos naturais, como minerais críticos como lítio, níquel e cobalto, cruciais para tecnologias de baixo carbono, e solicitou cadeias de suprimentos “diversificadas, responsáveis, justas e sustentáveis”.

SANÕES

Ademais, os países do BRICS expressaram preocupação com sanções e restrições ao comércio e ao investimento no setor de energia, que, de acordo com eles, infringem o direito internacional e ameaçam a estabilidade dos mercados e a segurança das infraestruturas críticas, incluindo oleodutos, gasodutos e redes de energia transfronteiriças.

A partir de fevereiro de 2022, com o início da invasão russa à Ucrânia, os Estados Unidos, a União Europeia e outros países aliados implementaram várias restrições ao petróleo e ao gás do país da Eurásia.

Fonte: Poder 360

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