BYD afirma que dinossauros são tema de críticas de montadoras

Empresas de grande porte do setor direcionaram ofício ao ex-presidente Lula, manifestando críticas à política de incentivo que favorecerá a fabricante c…

30/07/2025 9h46

3 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

A montadora chinesa BYD comunicou estar sendo “atacada por concorrentes obsoletos” e respondeu às críticas apresentadas por 4 montadoras em carta dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As empresas abordaram o significativo impacto que a política de incentivo à produção de veículos cujas peças e componentes são totalmente fabricados no exterior terá no setor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A implementação está prevista para ser aprovada pelo governo. As fabricantes que mais se beneficiarão deverão ser as de origem chinesa. Com esse sistema, denominado SKD (Montagem Semi-Montada), a empresa raramente contrata fornecedores no Brasil e a geração de empregos é mínima.

Afirmam que o futuro se apresenta de forma inesperada. Contudo, o que frequentemente surge de modo repentino é o e-mail. No caso, uma carta enviada por quatro das maiores montadoras brasileiras ao presidente da República, solicitando que ele interrompesse a inovação. E isso mesmo: pedem, de maneira explícita, que o governo acelere a redução temporária dos impostos para aqueles que se aventuram a oferecer automóveis melhores por um preço mais acessível, declarou a BYD na nota (integral – PDF – 40 kB).

LEIA TAMBÉM:

A carta (“PDF” de 8 kB) foi enviada em junho e é assinada pelos presidentes da Volkswagen, Toyota, General Motors e Stellantis. Nela, as montadoras estimam que, com a política do governo, deixarão de contratar 10.000 trabalhadores e que 5.000 empregados atuais poderão ser demitidos.

A repercussão não se limitaria às montadoras. A cada trabalhador desempregado nessas empresas, outros 10 empregos poderiam ser perdidos na cadeia de fornecedores, intensificando o impacto negativo sobre a produção automotiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lula não respondeu à carta conjunta da Volkswagen, Toyota, General Motors e Stellantis. O envio também foi direcionado ao ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) e a Geraldo Alckmin (PSB), que é vice-presidente da República e ministro da Indústria e do Comércio.

Rui Costa construiu sua trajetória na Bahia, tendo exercido a função de governador por dois períodos. A grande investida da chinesa BYD ocorrerá ali, aproveitando-se da política que será implementada pelo governo Lula e que visa estimular a produção de veículos no modelo SKD.

A BYD afirmou que a declaração possui o tom de surpresa de alguém que testemunhou uma chuva de meteoros, ressaltando que a questão central é que o fenômeno está sendo bem aceito pelos consumidores.

Uma empresa chinesa chegou para agilizar a produção, diminuir os preços e disponibilizar carros elétricos para a classe média, o que causou surpresa no mercado. Não foi por acaso que uma concorrente reduziu o valor de um modelo elétrico em mais de 100 mil reais após a chegada da BYD. A questão é por que antes os preços eram tão elevados.

A empresa nega a existência de práticas concorrenciais desleais. Afirmou que suas ações não constituem um “atalho” ou “esperteza fiscal”, mas sim visam oferecer ao consumidor brasileiro “veículos mais limpos, mais seguros, mais conectados e com custo-benefício justo”.

A solicitação da BYD em reduzir temporariamente o imposto segue uma lógica simples e razoável: não faz sentido aplicar o mesmo patamar de tributação sobre veículos 100% prontos importados e sobre veículos que são montados no Brasil, com geração de empregos locais, movimentação da cadeia logística e pagamento de encargos. Isso não é nenhuma novidade, outras montadoras já adotaram a mesma prática antes de ter a produção completa local.

A BYD declarou que a situação não se deve a impostos, montagem ou empregos. Afirmou que se trata da perda de protagonismo, devido à entrada de um novo concorrente que oferece mais e cobra menos, e à tecnologia que deixou de ser um luxo restrito a poucos e se tornou acessível a muitos.

Fonte por: Poder 360

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.