Caiado afirma que irá anistiar Bolsonaro caso vença a eleição de 2026
O governador de Goiás disputa a Presidência e aguarda o apoio do ex-capitão.

O pré-candidato à Presidência da República, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), declarou que anistaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso vença as eleições. O ex-capitão está inelegível devido a duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral e é réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado em 2022.
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A anulação da participação dos envolvidos no 8 de Janeiro e a absolvição dos acusados de integrar a organização criminosa ligada à trama golpista é uma prioridade da extrema-direita no Congresso Nacional.
Ronaldo Caiado presidente da República, vou anistiar e começar uma nova história no Brasil”, afirmou o governador, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa, em uma entrevista à GloboNews nesta quarta-feira 14. “Caiado vai chegando na Presidência da República e, no meu momento, vou resolver esse assunto, anistiar essa situação toda. E vamos discutir o problema de crescimento e de pacificação do País.”
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A relação entre Bolsonaro e Caiado foi abalada nas eleições de 2024 nas maiores cidades de Goiás: Goiânia e Aparecida de Goiânia. Enquanto o governador apoiou o empresário Sandro Mabel (União) na disputa pela capital, o ex-presidente apoiou o deputado estadual Fred Rodrigues (PL).
Aquela queda de braço também teve como cenário a disputa de 2026. Caiado enfrenta resistências no âmbito do entorno de Bolsonaro por sua posição durante a pandemia da Covid-19, mas espera que o ex-presidente apoie sua empreitada.
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Caiado declarou ter sido o primeiro apoiador de Bolsonaro a defender a anistia, ainda em fevereiro do ano anterior. “Disse que era necessário deixar essa crise, abandonar esse debate. Isso já cansou. Há dois anos e sete meses falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia.”
O governador lançou sua pré-candidatura em abril, em evento em Salvador (BA). Se o projeto for bem-sucedido, ele concorrerá ao Palácio do Planalto pela segunda vez. Em 1989, participou da disputa pelo extinto PDC, obtendo apenas 1% dos votos válidos.
Fonte: Carta Capital