Calor extremo: Urgente retrofit climático em cidades e mercado imobiliário pressiona

Mercado imobiliário em alta, sem concessões: verão não é ideológico, mas cidadãos sentem impacto do setor.

04/10/2025 7:05

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Calor extremo: Urgente retrofit climático em cidades e mercado imobiliário pressiona
(Imagem de reprodução da internet).

Aumento das Temperaturas Urbanas e a Necessidade de Modernização Energética

Com o aumento contínuo das temperaturas nas cidades, imóveis sem preparação para o calor extremo começam a perder valor. Casas sem isolamento, edifícios que funcionam como fornos, e contas de luz elevadas já influenciam decisões de compra, aluguel e investimento. A modernização energética, que consiste em adaptar edifícios antigos ao novo regime térmico, deixou de ser apenas uma questão técnica, tornando-se um critério de valorização patrimonial.

Impacto do Calor Extremo e Desigualdade Social

Ignorar essa transformação representa um risco social e um mau negócio. Enquanto novas construções seguem padrões atualizados – incluindo ventilação cruzada, fachadas inteligentes e materiais térmicos – a maior parte do estoque habitacional brasileiro permanece hermético, mal ventilado e incapaz de suportar dias quentes. A Organização Meteorológica Mundial prevê que o verão de 2026 poderá ser o mais quente já registrado. Essa notícia circula em ambientes climatizados, mas seu impacto real será sentido onde o ar-condicionado não chega: dentro das casas mais vulneráveis.

Situação Crítica nas Periferias

O calor extremo deixa de ser apenas desconforto, transformando-se em fator de risco sanitário e marcador de desigualdade. Nas periferias, a situação é particularmente crítica. Autoconstruções sem isolamento adequado aprisionam calor, obrigando famílias a usar ventiladores ineficientes que elevam a conta de energia e comprometem o orçamento doméstico. São justamente as populações que menos contribuíram para a crise climática as mais expostas aos seus efeitos.

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Legislação e Desafios na Regulamentação

O Brasil possui uma base legal capaz de enfrentar esse desafio. A Lei 10.295/2001 estabeleceu diretrizes de eficiência energética, e a Resolução CGIEE n. 4/2025 consolidou essa política ao tornar obrigatórias normas técnicas que regem novas construções. Contudo, a regulamentação por si só não basta. O grande desafio está no imenso patrimônio construído existente, que permanece fora do alcance das novas normas e consome energia excessiva como forma de compensar sua ineficiência.

Estratégias de Modernização Energética

É nesse contexto que a modernização energética surge como caminho estratégico. Intervenções como telhados frios, janelas eficientes, isolamento térmico e sistemas solares de aquecimento podem transformar construções antigas em ambientes confortáveis e economicamente viáveis.

Políticas Públicas e Cooperação

Essa transformação exige políticas públicas robustas e cooperação entre Estado e iniciativa privada. Programas de modernização energética acessíveis, crédito a juros baixos e assistência técnica voltada a famílias de baixa renda são medidas urgentes. Empresas de energia também devem assumir corresponsabilidade, investindo em eficiência e requalificação, não apenas na expansão da oferta.

Soluções Naturais e Sustentabilidade

Da mesma forma, soluções baseadas na natureza que integram áreas verdes e corpos d’água funcionam como reguladores térmicos eficazes e sustentáveis, complementando as intervenções tecnológicas. O verão de 2026 será um teste decisivo. Requalificar o que já está construído é tão essencial quanto erguer novas construções. Só assim nossas casas deixarão de ser armadilhas térmicas, convertendo-se em espaços de vida digna em um planeta em aquecimento.

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