Câmara aprova emenda que retorna Condecine e altera cota de conteúdo brasileiro

Câmara aprova emenda que retorna Condecine Remessa e aumenta cota de conteúdo brasileiro em streaming. Votação derruba isenção para plataformas.

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(Imagem de reprodução da internet).

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (5) uma emenda que modifica o projeto de lei que regulamenta o serviço de streaming no Brasil. A votação, com 325 votos a 94, derrubou a isenção da Condecine Remessa, uma taxa aplicada a valores enviados ao exterior decorrentes da prestação de serviços de streaming audiovisual ao mercado brasileiro.

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Essa alteração representa o retorno da incidência da Condecine Remessa sobre essas remessas.

Além da revogação da isenção, a emenda também alterou a cota de conteúdos brasileiros exigida das plataformas de streaming. A nova redação estabelece que metade dos conteúdos disponibilizados nas plataformas deve ser de produção brasileira, com metade desses conteúdos sendo independentes, a menos que a plataforma possua mais de 700 obras de conteúdo brasileiro, metade delas independentes.

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Acordo Político e Alterações no Texto

A aprovação do texto final foi resultado de um acordo político, onde a votação da nova redação foi condicionada à retirada de pedidos de deputados para que trechos específicos do texto fossem votados separadamente, visando suprimir ou adicionar os mesmos.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder do governo, destacou que o governo buscava um projeto mais avançado, mas que o relator fez o possível dentro das correlações de forças da Câmara, resultando em avanços importantes para o audiovisual brasileiro.

A alteração na cota de conteúdos brasileiros também inclui uma exceção para provedores sujeitos à alíquota máxima da Condecine (4%), que não precisam cumprir a regra com conteúdos independentes, desde que sua receita bruta anual seja inferior a R$ 350 milhões.

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Essa exceção se aplica apenas a pessoas jurídicas brasileiras.

Condecine Remessa e Cota de Conteúdo Brasileiro

A Condecine Remessa, atualmente com alíquota de 11%, incide sobre a remessa ao exterior de rendimentos decorrentes da exploração de obras cinematográficas e videofonográficas, ou por sua aquisição, ou importação, conforme a Agência Nacional de Cinema.

A mudança na regulamentação do streaming no Brasil busca equilibrar a arrecadação de impostos e o desenvolvimento da produção audiovisual nacional.

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