Câmara Aprova Reforma no Arcabouço Fiscal
Na noite de segunda-feira, 15, a Câmara dos Deputados finalizou a aprovação de um projeto de lei que removeu gastos temporários com saúde e educação do arcabouço fiscal. A medida, já aprovada anteriormente pelos deputados, passou por ajustes no Senado, o que demandou uma nova votação na Câmara.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com a conclusão do processo legislativo, a proposta agora aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A principal consequência da aprovação é a ampliação da flexibilidade orçamentária do governo federal. Ao excluir esses gastos do cálculo do resultado fiscal, dentro das regras estabelecidas pelo arcabouço, o governo terá maior autonomia para definir seus investimentos no próximo ano.
LEIA TAMBÉM!
A iniciativa é vista como estratégica pelo Planalto, pois abre espaço no orçamento para utilizar recursos do Fundo Social, destinados a áreas como saúde e educação, sem que estes sejam considerados nos limites fiscais.
O projeto foi originado pela atuação do líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), e contou com o trabalho do deputado José Priante (MDB-PA) na elaboração do relatório. No Senado, o texto foi revisado pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que removeu a previsão de exclusão de gastos com empréstimos internacionais do arcabouço fiscal.
As alterações propostas pelo senador foram mantidas pelos deputados durante a votação desta segunda-feira. O arcabouço fiscal, implementado em 2024, substituiu o teto de gastos e permite que as despesas cresçam acima da inflação, dentro de uma faixa predefinida.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Despesas classificadas como exceções, como as aprovadas no projeto, não são computadas nesses limites, o que facilita o cumprimento da meta fiscal, embora possa aumentar o endividamento do Tesouro para financiar esses gastos.
