Câmara dos EUA vota a proposta orçamentária de Trump

O texto será encaminhado ao Senado, onde os republicanos manifestaram a intenção de promover alterações.

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(Imagem de reprodução da internet).

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos, de maioria republicana, votou nesta quinta-feira, 22, na aprovação do projeto de lei orçamentário do presidente Donald Trump, que inclui benefícios fiscais e reduções nos gastos públicos, e que, na visão de seus críticos, pode comprometer a cobertura de saúde e intensificar o aumento da dívida nacional.

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O pacote, que Trump descreve como um “grande e lindo projeto de lei”, ainda precisa ser aprovado pelo Senado. O orçamento possibilitaria ao republicano atender a algumas de suas promessas de campanha, incluindo a manutenção das amplas isenções fiscais implementadas durante seu primeiro mandato (2017-2021), que terminam no final do ano.

Uma comissão independente do Congresso determinou que a prorrogação, juntamente com outras políticas fiscais, elevaria o déficit federal em mais de 4,8 trilhões de dólares na próxima década.

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Para compensar a elevada isenção, a proposta de lei exige reduções substanciais nos gastos federais, em especial no programa Medicaid, o plano de saúde expandido implementado pelo governo do democrata Barack Obama (2009-2017) que sustenta mais de 70 milhões de americanos de baixa renda.

“Uma legislação dessa magnitude molda a nação e muda vidas”, afirmou o presidente da Câmara, Mike Johnson, antes da votação, após um debate noturno de várias horas.

“É uma mudança transformadora que as futuras gerações estudarão algum dia. Observou este dia como um ponto de mudança na história dos Estados Unidos”, acrescentou.

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A proposta foi aprovada por 215 votos a favor e 214 contra, após os republicanos conterem uma revolta interna da ala mais conservadora do partido, que poderia ter obstruído o texto.

A ala moderada do Partido Republicano tem a preocupação de que cortes substanciais no Medicaid constituam um risco elevado em relação às eleições de meio mandato, previstas para novembro de 2026.

Para uma fração do setor conservador, que demanda uma diminuição do déficit, os cortes, por outro lado, não são considerados suficientes.

Os democratas declaram que o projeto é “devastador” para a classe média. O líder da minoria na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, afirmou que se trata do “maior corte na assistência médica na história dos Estados Unidos, com o objetivo de implementar as maiores isenções fiscais para os bilionários na história dos Estados Unidos”.

O projeto seguirá para o Senado, onde os republicanos já expressaram a disposição de incluir alterações. O Executivo espera a aprovação do orçamento até o dia 4 de julho.

Fonte: Carta Capital

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