Câmara vota concessão de licença de 127 dias à deputada Carla Zambelli
A Câmara dos Deputados autorizou, na quinta-feira (5), o pedido de licença não remunerada da deputada Carla Zambelli (PL-SP) apresentado em 29, seis dias antes da parlamentar, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), informar que havia deixado o Brasil.

A Câmara dos Deputados concedeu, na quinta-feira (5), a licença não remunerada solicitada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), apresentada 6 dias antes, após a parlamentar, condenada a 10 anos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), divulgar que havia deixado o Brasil.
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Assinada pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), e publicada no Diário Oficial da Câmara, a licença soma 127 dias, contados a partir de 29, incluindo 7 dias para que Zambelli realize um tratamento de saúde, não especificado, e 120 dias para que ela se dedique a assuntos de “interesse particular”.
Em decorrência da ausência de Zambelli, o mandato será exercido por seu suplente, Coronel Tadeu (PL-SP), que já exerceu mandato de deputado federal de 2019 a 2023.
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O suplente de Zambelli já recebeu um aviso verbal do Conselho de Ética e Disciplina da Câmara por ter quebrado, em novembro de 2019, uma placa com referência ao assassinato de pessoas negras no Brasil. A placa integrava a exposição (Re)existir no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras, que estava em cartaz na Câmara.
Tadeu deve continuar no cargo, considerando que, além de condenar Zambelli à prisão pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a divulgação de documentos falsos, a Primeira Turma do STF também determinou a perda do mandato da parlamentar, após o esgotamento de todos os recursos legais.
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A Primeira Turma do STF rejeitou, unânime, o recurso da parlamentar contra sua condenação. A prisão preventiva de Zambelli, decretada por Alexandre de Moraes após sua saída do país, será convertida em prisão para execução da pena. A perda do mandato depende de ato declaratório da Mesa Diretora da Câmara.
Após deixar o Brasil, e ainda nos Estados Unidos, Zambelli afirmou que planejava se estabelecer em algum país da Europa, de onde seguiria atuando, em suas palavras, “denunciar a ditadura que o Brasil enfrenta atualmente”.
Após Zambelli confirmar sua ausência do país, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes determinou, entre outras ações, sua prisão, o bloqueio de seus salários e verbas parlamentares para o gabinete, e a inclusão do perfil da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol, tornando-a uma procurada internacional.
A deputada teve seu nome listado no relatório de procurados pela Interpol na quinta-feira, após ela entrar no território italiano.
A Itália, como a própria parlamentar mencionou na terça-feira, é um dos países europeus onde ela pretende se estabelecer por possuir cidadania italiana.
Agência Brasil
Fonte por: Tribuna do Norte