Câmara vota em caráter de urgência projeto para reduzir a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras
Parlamento exige que governo revise aumento de impostos; avaliação do projeto continua.
A Câmara dos Deputados aprovou, na segunda-feira (dezesseis), por 346 votos a 97, a admissibilidade do regime de urgência para o projeto que busca revogar o novo decreto do governo federal que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O mérito da proposta ainda não foi votado pelos parlamentares. A decisão de pautar a urgência ocorreu após forte insatisfação de deputados com as recentes medidas de aumento de impostos. Com a aprovação, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões da Casa, acelerando a tramitação. Na votação, apenas o PSB e a federação formada por PT, PCdoB e PV orientaram contra o requerimento. A liderança do governo e da maioria liberaram as bancadas.
O projeto visa o decreto editado pelo Executivo na quinta-feira (11), que propõe uma “recalibração” nas alíquotas do IOF – a terceira alteração no imposto desde maio. A oposição pressiona para que o mérito seja apreciado ainda nesta segunda, mas o acordo entre líderes partidários, segundo apuração da CNN Brasil, prevê mais prazo para o governo apresentar novas medidas de corte de despesas. A decisão de votar a urgência foi articulada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante reunião com líderes de diferentes partidos. Nos bastidores, o governo federal tentou evitar o avanço do projeto. Na tarde desta segunda-feira, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além de líderes da base governista, se reuniram com Motta na tentativa de conter a movimentação.
Ao chegar à sessão plenária, o presidente da Câmara reconheceu o clima de insatisfação. “O governo está ciente da insatisfação no Congresso e tem o compromisso de apresentar uma agenda de cortes de despesas. Esta votação de hoje será muito simbólica sobre o sentimento da Casa”, declarou. Para que o decreto seja efetivamente derrubado, além da aprovação do mérito na Câmara, o projeto também precisará passar pelo Senado.
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Analise o caso.
O aumento do IOF foi anunciado em 22 de maio, contudo, após intensa reação negativa do mercado financeiro e do empresariado, o governo apresentou uma revisão parcial. A primeira revogação se concentrou na tributação de investimentos de fundos nacionais no exterior. Apesar das alterações, a insatisfação continuou no Congresso. Na semana passada, o governo publicou um novo decreto, revisando novamente as alíquotas. As mudanças fazem parte de um conjunto de medidas para aumentar a arrecadação com o objetivo de equilibrar as contas públicas. A equipe econômica previu um impacto de até R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026. Com a “recalibração”, a estimativa de arrecadação foi reduzida para cerca de R$ 7 bilhões, mas o valor oficial ainda não foi divulgado pelo Ministério da Fazenda.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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