O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse hoje que não sabemos se o Brasil está seguindo uma estratégia fiscal clara, e isso afeta a política monetária. Ele também mencionou que qualquer alteração na meta de resultado fiscal do próximo ano complicaria as previsões econômicas.
Falando na conferência Reuters NEXT, realizada em Nova York, Campos Neto disse que o BC se “preocupa” porque a questão fiscal impacta variáveis que influenciam a política monetária, mas afirmou que não há uma relação mecânica entre alterações na meta de primário e a política monetária.
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“Existe muita incerteza sobre se o Brasil será capaz de alcançar um padrão fiscal sustentável, o que afeta várias variáveis importantes para nós ao tomar decisões sobre política monetária”, disse.
O presidente do BC voltou a defender a busca pelas metas fiscais propostas pelo governo, ao argumentar que uma mudança nesses alvos dificultaria as previsões para a economia brasileira à frente e ampliaria riscos.
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“Se você encontrar um problema inicial e decidir mudar sua meta, as pessoas terão dificuldade em fazer previsões para os anos 2025 e 2026. Isso ocorre porque, ao ampliar o horizonte temporal, mais incertezas surgem em relação ao orçamento futuro, o que resulta em um risco ainda maior.”
Campos Neto afirmou que o Brasil está realizando diversas reformas econômicas e mencionou a aprovação, pelo Senado, da proposta que altera a forma de cobrança de impostos sobre o consumo.
