Candidato de esquerda muçulmano em Nova York enfrenta Trump e desafios eleitorais

Os moradores de Nova York compareceram às urnas na terça-feira (4) para eleger seu novo prefeito, com um candidato de esquerda muçulmano em destaque. A disputa se intensifica em meio a ameaças do presidente Donald Trump, que visa bloquear recursos federais à cidade caso o democrata vença.

A ascensão de Mamdani, um legislador local de 34 anos, tem dominado as atenções na ‘Big Apple’.

Desafios e Ameaças

O ex-presidente Donald Trump tem criticado o candidato, chamando-o de “comunista” e ameaçando cortar recursos federais. A situação eleitoral se concentra em questões como o aumento do custo de vida, a segurança pública e a relação com a administração Trump.

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Candidatos em Competição

Andrew Cuomo, ex-governador estadual e candidato independente, disputa a prefeitura. Curtis Sliwa, fundador do grupo ‘Guardian Angels’, também figura na disputa, buscando atrair o apoio de seus seguidores.

Votação Recorde

A votação antecipada, que encerrou-se no domingo, registrou mais de 735.000 votos, um recorde eleitoral, conforme dados dos funcionários eleitorais. O atual prefeito de Nova York, Eric Adams, que venceu as eleições de 2021, desistiu da tentativa de reeleição após enfrentar escândalos e acusações de corrupção.

Discurso em Árabe

Mamdani, que se descreve como socialista, fez um discurso em árabe para seus apoiadores, o que gerou críticas de republicanos de extrema direita. A disputa eleitoral se concentra no crescente custo de vida em Nova York, no crime e em como cada candidato poderá conviver com Trump.

Análise Política

Grant Reeher, professor de Ciências Políticas da Universidade de Syracuse, acredita que uma vitória de Mamdani estabeleceria um “confronto” com o presidente. “Trump tratará a cidade de maneira mais agressiva”, disse. “Haverá algum tipo de confronto político”.

Eleições Adicionais nos EUA

Além da eleição em Nova York, os estados da Virgínia e de Nova Jersey também realizam eleições para definir seus governadores, consideradas indicadores ainda mais críticos do estado de ânimo político nos Estados Unidos, quase 10 meses após o início do segundo mandato do magnata republicano.