Política

Candidatos em São Paulo têm opiniões divididas sobre Greve: Boulos a apoia e Nunes critica o PSOL


Candidatos em São Paulo têm opiniões divididas sobre Greve: Boulos a apoia e Nunes critica o PSOL
(Foto Reprodução da Internet)

Nesta terça-feira (3), está ocorrendo uma greve no Metrô e na CPTM em São Paulo, afetando quatro linhas do metrô e cinco das CPTM. Essa greve está sendo usada pelos pré-candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL-SP), que lideram as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura em 2024, como uma oportunidade para se enfrentarem politicamente.

De acordo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ricardo Nunes descreveu a greve dos servidores do Metrô e CPTM como sendo baseada em ideologias políticas e com o apoio de partidos como PSOL.

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O comentário foi postado no perfil de Nunes na rede social X (antigo Twitter) nesta manhã de terça-feira e depois removido.

Mas o prefeito mudou de ideia após saber que Guilherme Boulos havia defendido a paralisação e postou o comentário novamente.

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“Nós lamentamos que as pessoas estejam sendo prejudicadas por uma briga ideológica causada por uma greve, apoiada por partidos como o PSOL e pela presidente do Sindicato dos Metroviários. Essa greve não está respeitando sequer a decisão da Justiça. Estamos trabalhando para apoiar aqueles que realmente estão trabalhando.” disse Nunes.

Lamentamos muito que nossa população esteja sofrendo por causa de uma greve que tem motivações ideológicas e apoio de partidos como o PSOL, cuja presidente é do Sindicato dos Metroviários. Além disso, essa greve nem mesmo está respeitando uma decisão judicial. Estamos empenhados em ajudar aqueles que estão realmente trabalhando.

Ricardo Nunes na data de 3 de outubro de 2023.

Fabio Wajngarten, que foi advogado e ex-secretário especial de Comunicação de Jair Bolsonaro (PL), republicou o tweet. Ele fez um comentário dizendo: “Eu nunca votaria em Boulos e no PSOL”.

Nunes espera contar com o suporte de Bolsonaro na eleição de 2024 contra Guilherme Boulos em São Paulo.

Segundo apurado, uma parte do entorno de Nunes defendeu que a mensagem fosse apagada, temendo uma reação negativa como ocorreu na semana passada quando o prefeito disse que ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e sua ex-assessora Marcelle Decothé, demitida após fazer comentários atacando a torcida do São Paulo, eram do “PSOL de Boulos”.

Contudo, Camila Lisboa, que lidera o Sindicato dos Metroviários, é afiliada ao PSOL.

O deputado Guilherme Boulos defendeu a greve e fez críticas a Tarcísio.

O governo de SP é o principal motivo da greve no Metrô/CPTM hoje. Os trabalhadores sugeriram liberar as catracas em vez de parar completamente, para não prejudicar os usuários. Mas o governo estadual rejeitou a proposta. Optou pelo conflito em vez do diálogo. Boulos mencionou isso nas redes sociais.

A intransigência do Governo de SP é a grande responsável pela Greve de hoje no Metrô/CPTM. Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, pra não prejudicar os usuários. O Governo Estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo.

Os assessores do deputado acham que é muito provável que Boulos se manifeste, dado o envolvimento do PSOL com a greve. No entanto, alguns membros da campanha estão preocupados com a postagem.

Segundo informações de petistas ligados à campanha, um dos objetivos principais da estratégia é afastar a imagem de Boulos da esquerda mais radical e atrair eleitores mais centristas. Apoiar a greve vai contra esse plano.

Greve contra privatizações

Os funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp estão em greve para protestar contra as propostas do governo estadual de fazer concessões, terceirizações e privatizações.

Segundo o Sindicato dos Metroviários, os trabalhadores do transporte e da água têm o poder de decidir os interesses relacionados às suas áreas. Eles desejam que os serviços prestados sejam públicos e de boa qualidade.

O Sindicato dos Ferroviários diz que os trabalhadores estão pondo fim à privatização do transporte público metroferroviário em São Paulo. A população está sofrendo com a queda na qualidade dos serviços das linhas concedidas.

Nesta terça-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a greve do Metrô, CPTM e Sabesp tem motivações políticas e ideológicas, com o objetivo de causar caos.

O governador expressou sua tristeza com a situação em São Paulo, onde sindicatos estão usando os trabalhadores do transporte público para seus próprios interesses políticos e ideológicos. Ele considera a greve ilegal e prejudicial, já que nem mesmo a decisão da Justiça está sendo respeitada. O objetivo real parece ser causar caos e atrapalhar as pessoas que apenas querem trabalhar.


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