Nesta terça-feira (3), está ocorrendo uma greve no Metrô e na CPTM em São Paulo, afetando quatro linhas do metrô e cinco das CPTM. Essa greve está sendo usada pelos pré-candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL-SP), que lideram as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura em 2024, como uma oportunidade para se enfrentarem politicamente.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ricardo Nunes descreveu a greve dos servidores do Metrô e CPTM como sendo baseada em ideologias políticas e com o apoio de partidos como PSOL.
O comentário foi postado no perfil de Nunes na rede social X (antigo Twitter) nesta manhã de terça-feira e depois removido.
LEIA TAMBÉM!
● Comissão Parlamentar Mista do INSS: partidos discutem indicações; o relator deve ser do centrão
● Moraes exige 24 horas de Braga Netto para fornecer dados sobre voo a Brasília
● Pesquisa Datafolha aponta 57% dos entrevistados a favor do direito à reeleição e 59% que defendem um mandato de 5 anos
Mas o prefeito mudou de ideia após saber que Guilherme Boulos havia defendido a paralisação e postou o comentário novamente.
“Nós lamentamos que as pessoas estejam sendo prejudicadas por uma briga ideológica causada por uma greve, apoiada por partidos como o PSOL e pela presidente do Sindicato dos Metroviários. Essa greve não está respeitando sequer a decisão da Justiça. Estamos trabalhando para apoiar aqueles que realmente estão trabalhando.” disse Nunes.
Lamentamos muito que nossa população esteja sofrendo por causa de uma greve que tem motivações ideológicas e apoio de partidos como o PSOL, cuja presidente é do Sindicato dos Metroviários. Além disso, essa greve nem mesmo está respeitando uma decisão judicial. Estamos empenhados em ajudar aqueles que estão realmente trabalhando.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ricardo Nunes na data de 3 de outubro de 2023.
Fabio Wajngarten, que foi advogado e ex-secretário especial de Comunicação de Jair Bolsonaro (PL), republicou o tweet. Ele fez um comentário dizendo: “Eu nunca votaria em Boulos e no PSOL”.
Nunes espera contar com o suporte de Bolsonaro na eleição de 2024 contra Guilherme Boulos em São Paulo.
Segundo apurado, uma parte do entorno de Nunes defendeu que a mensagem fosse apagada, temendo uma reação negativa como ocorreu na semana passada quando o prefeito disse que ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e sua ex-assessora Marcelle Decothé, demitida após fazer comentários atacando a torcida do São Paulo, eram do “PSOL de Boulos”.
Contudo, Camila Lisboa, que lidera o Sindicato dos Metroviários, é afiliada ao PSOL.
O deputado Guilherme Boulos defendeu a greve e fez críticas a Tarcísio.
O governo de SP é o principal motivo da greve no Metrô/CPTM hoje. Os trabalhadores sugeriram liberar as catracas em vez de parar completamente, para não prejudicar os usuários. Mas o governo estadual rejeitou a proposta. Optou pelo conflito em vez do diálogo. Boulos mencionou isso nas redes sociais.
A intransigência do Governo de SP é a grande responsável pela Greve de hoje no Metrô/CPTM. Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, pra não prejudicar os usuários. O Governo Estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo.
Os assessores do deputado acham que é muito provável que Boulos se manifeste, dado o envolvimento do PSOL com a greve. No entanto, alguns membros da campanha estão preocupados com a postagem.
Segundo informações de petistas ligados à campanha, um dos objetivos principais da estratégia é afastar a imagem de Boulos da esquerda mais radical e atrair eleitores mais centristas. Apoiar a greve vai contra esse plano.
Greve contra privatizações
Os funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp estão em greve para protestar contra as propostas do governo estadual de fazer concessões, terceirizações e privatizações.
Segundo o Sindicato dos Metroviários, os trabalhadores do transporte e da água têm o poder de decidir os interesses relacionados às suas áreas. Eles desejam que os serviços prestados sejam públicos e de boa qualidade.
O Sindicato dos Ferroviários diz que os trabalhadores estão pondo fim à privatização do transporte público metroferroviário em São Paulo. A população está sofrendo com a queda na qualidade dos serviços das linhas concedidas.
Nesta terça-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a greve do Metrô, CPTM e Sabesp tem motivações políticas e ideológicas, com o objetivo de causar caos.
O governador expressou sua tristeza com a situação em São Paulo, onde sindicatos estão usando os trabalhadores do transporte público para seus próprios interesses políticos e ideológicos. Ele considera a greve ilegal e prejudicial, já que nem mesmo a decisão da Justiça está sendo respeitada. O objetivo real parece ser causar caos e atrapalhar as pessoas que apenas querem trabalhar.