Captações de fundos caem em 2025 com juros altos e menor apetite do investidor

Fundos de investimento registram captações líquidas menores, porém patrimônio dos veículos aumenta em ritmo positivo.

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(Imagem de reprodução da internet).

Fundos de Investimentos Registram Queda na Captação em Cenário de Juros Altos

Em um contexto de taxas de juros elevadas, com a taxa Selic em 15%, os fundos de investimentos observam uma redução na captação de recursos. A captação líquida acumulada diminuiu de R$ 301,9 bilhões (em setembro de 2024, quando a Selic estava em 10,75%) para R$ 110,9 bilhões em setembro de 2025, representando uma queda de 63,26% ou R$ 191 bilhões a menos.

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Os dados foram divulgados durante uma coletiva promovida pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta terça-feira, 7.

A captação líquida supera os nove primeiros meses de 2022 e 2023, períodos em que foram registrados resgates líquidos de R$ 9,2 bilhões e R$ 67,9 bilhões, respectivamente. No entanto, fica abaixo das captações de R$ 411,5 bilhões em 2021 e R$ 301,9 bilhões em 2024.

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Patrimônio Líquido dos Fundos Aumenta

Apesar da queda na captação, a indústria de fundos alcançou um patrimônio líquido de R$ 10,7 bilhões no período, um aumento de 10,7% em relação aos R$ 9,4 bilhões registrados no final de setembro de 2024.

O número de fundos cresceu de 31.522 para 32.620 entre setembro de 2024 e o mesmo mês de 2025, com um aumento de 3,5%. O número de contas também cresceu de 41.326.531 para 42.777.820, representando um aumento de 3,5%.

Adicionalmente, o número de gestores aumentou de 1.030 para 1.074 entre setembro de 2024 e agosto de 2025, um avanço de 4,3%.

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Multimercados se Destacam, Apesar da Aversão à Renda Variável

Fundos de renda fixa continuam atraindo investidores, com uma captação de R$ 150,2 bilhões até setembro deste ano. Já os fundos de ações e multimercados, em um cenário de maior aversão à renda variável, registraram saídas líquidas de R$ 50,4 bilhões e R$ 73,3 bilhões, respectivamente.

Os resgates em multimercados foram menores em comparação com 2024, quando houve uma saída líquida de R$ 197,9 bilhões até setembro.

Segundo Pedro Rudge, diretor da Anbima, a menor saída em multimercados se deve à ressonância de parte do capital já retirado e à performance positiva dos fundos, que se tornam mais atrativos para os investidores.

“A performance, está fazendo com que o investidor consiga voltar a entender esse produto como algo que pode trazer um valor agregado, diversificar o patrimônio, dado a flexibilidade que oferecem”, afirma Rudge.

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