Carla Zambelli publica carta por meio do filho, contornando proibição: “Ninguém nos colocará de joelhos”

A defesa alega que o documento não deveria ter sido divulgado e foi publicado pelo filho da deputada, João Zambelli, em um suposto “momento de emoção”.

06/08/2025 17h55

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SP - CARLA ZAMBELLI/STF/CNJ/INVASÃO/PRISÃO/CONDENAÇÃO - POLÍTICA - A deputada federal Carla Zambelli (PL- SP) participa uma coletiva de imprensa na sede de seu partido no bairro de Moema, na zona sul da cidade de São Paulo, na tarde desta quinta-feira, 15 de maio de 2025, na presença de seu advogado Daniel Bialski. Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, 14, condenar a parlamentar a dez anos de prisão por coordenar invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Zambelli deve iniciar o cumprimento da reclusão em regime fechado, estabeleceram os ministros. Pela Lei da Ficha Limpa, ela também fica inelegível e não pode concorrer em eleições por oito anos. 15/05/2025 - Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) manifestou-se nesta quarta-feira (6), por meio de carta escrita e dirigida “aos brasileiros”. No documento, a parlamentar, que se encontra presa na Itália e aguarda extradição, afirma que “nenhum ditador nos colocará de joelhos”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Quero manifestar que estou sendo forte e corajosa, mantendo a fé e a cabeça erguida, uma consciência tranquila de alguém inocente. Tenham força, fé e coragem. O Brasil é um país abençoado e nenhum ditador nos colocará de joelhos”, escreve a deputada. De acordo com a defesa, a carta não poderia ser publicada e foi postada pelo filho da deputada, João Zambelli, em um possível “momento de emoção”.

A decisão do STF impede que ela (Zambelli) se manifeste por terceiros ou pela imprensa. Essa publicação (a carta), o Instagram removeu, afirmou o advogado Fábio Pagnozzi, que representa a parlamentar.

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Em decisão anterior, o STF também ordenou a remoção dos perfis de Carla Zambelli, do seu filho e de sua mãe, Rita Zambelli. Contudo, os familiares e a própria deputada criaram outras contas e seguem utilizando as redes sociais.

Zambelli foi detida em Roma em 29 de julho. A deputada permaneceu foragida na Itália, país onde buscou escapar da detenção. A parlamentar recebeu uma sentença de 10 anos de reclusão por ter orquestrado um ataque cibernético contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Durante o incidente, um mandado falso de prisão para Moares foi inserido no sistema do órgão.

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Após sua prisão, Zambelli testemunhou na Itália e escolheu o processo de extradição, que deverá durar meses ou até um ano, em vez de retornar sozinha ao Brasil. O judiciário italiano determinou que ela permanecerá presa até que os procedimentos sejam finalizados.

Na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, avança o processo de cassação do mandato de Zambelli. O deputado federal Paulo Azi (União-BA) determinou a realização de oitiva da deputada, por videoconferência, e de testemunhas convidadas. A sessão plenária da Câmara decidirá pela cassação. Há também a possibilidade de Zambelli perder o mandato por exceder o limite de faltas não justificadas.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carol Santos

Fonte por: Jovem Pan

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