Casas Bahia registrou prejuízo de R$ 408 milhões no primeiro trimestre, em comparação com lucro no mesmo período do ano anterior

A Casas Bahia registrou prejuízo líquido de R$ 408 milhões no primeiro trimestre, em comparação com R$ 261 milhões no mesmo período do ano anterior, mesmo com desempenho operacional positivo.

A varejista realizou o fechamento de 21 lojas em abril, conforme declarado pelo diretor financeiro da Casas Bahia, Elcio Ito, à Reuters, após a abertura de uma unidade nos primeiros três meses de 2025.

Não prevemos um plano de expansão de lojas para este ano. Apenas se surgisse uma oportunidade significativa, como a nova sede, seria diferente. Atualmente, não há nada em consideração para abrir novas lojas.

Quanto ao fechamento de lojas, Ito afirmou que mais encerramentos podem ocorrer, porém as decisões serão avaliadas individualmente. “Monitoramos o que chamamos de ‘UTI de lojas’”, acrescentou, informando que essa análise envolve atualmente cerca de 70 estabelecimentos.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Casas Bahia ascendeu a R$ 570 milhões no trimestre em comparação com o ano anterior, apresentando uma margem de 8,2%, que representou um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024, conforme divulgado em relatório de resultados nesta quarta-feira.

O desempenho foi impulsionado pela expansão de 10,1% na receita líquida, atingindo R$ 6,99 bilhões, com vendas mensuradas pelo indicador GMV em alta de 10,2% no consolidado, além de crescimento de 16,2% nas lojas físicas e 17,7% nas vendas mesmas lojas.

A última linha do balanço sofreu impacto de resultado financeiro negativo de R$ 922 milhões, 89,7% superior ao do ano anterior, devido a maiores despesas financeiras em razão do aumento da Selic e impactos não recorrentes.

Ito também ressaltou que a empresa possui uma estrutura de capital que necessita de melhorias, e existem alternativas para isso, incluindo o foco na evolução do desempenho operacional, a conversão de créditos tributários, a venda de ativos e a oportunidade, em outubro, para bancos credores escolherem a conversão de dívidas da empresa em ações.

A Casas Bahia detém aproximadamente R$ 2 bilhões em créditos tributários para ressarcimento e, na noite anterior, anunciou que obteve decisão favorável na Justiça para a compensação de R$ 632 milhões, montante que, segundo Ito, deverá levar cerca de 12 meses para ser refletido no balanço.

Ele declarou que houve um período em que possuíam R$ 4 bilhões de crédito de ICMS, e que este tem diminuído gradualmente nos últimos anos.

A endividamento financeiro da Casas Bahia, medido pela relação de dívida líquida/EBITDA ajustado, ficou em -0,9 vezes, em comparação com -1,2 vezes no ano anterior.

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Fonte: CNN Brasil