Nesta quarta-feira, 28, voltamos a lembrar um caso emblemático da história do varejo no Brasil: o fim da Casas da Banha. A rede, que já foi um gigante do setor, entrou em colapso, deixando um rastro de demissões e o desaparecimento de uma marca que fazia parte do dia a dia de muitos brasileiros.
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Tudo começou em 1955, com a visão do empresário Climério Veloso, que fundou a empresa no Rio de Janeiro. A Casas da Banha cresceu rapidamente, conquistando espaço e se tornando um nome conhecido em todo o país. Nos anos 80, a rede acelerou sua expansão, absorvendo outras empresas como o Supermercados Ideal e o Merci, consolidando sua posição no mercado.
Em 1980, a Casas da Banha atingiu seu auge. Operava em 224 unidades, distribuídas em seis estados e no Distrito Federal, empregando cerca de 18 a 22 mil pessoas. Era uma das maiores empresas do varejo brasileiro, com um impacto significativo na economia e no mercado de trabalho.
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No entanto, o sucesso não durou. A partir da segunda metade dos anos 80, a empresa enfrentou dificuldades devido a políticas econômicas governamentais, como os Planos Cruzado I e II, que congelaram os preços e afetaram a rentabilidade do setor. A Casas da Banha, que dependia do giro constante de mercadorias, viu seus lucros diminuírem drasticamente.
A situação se agravou nos anos 90, com o Plano Collor e o confisco de aplicações financeiras. Sem acesso ao próprio capital, a empresa perdeu o fluxo de caixa e não conseguiu pagar suas dívidas. A partir de 1990, a Casas da Banha começou a afundar, com a redução do número de funcionários e o fechamento de lojas.
Em 1991, restavam apenas 9 mil colaboradores. Nos anos seguintes, a empresa tentou se reerguer, vendendo ou devolvendo pontos de venda, mas a situação continuava crítica. Em 1999, a empresa entrou com pedido de falência, marcando o fim de uma era no varejo brasileiro.
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O colapso da Casas da Banha representou a perda de milhares de empregos e o desaparecimento de uma marca que havia marcado a história do país.