Caso de filhos que mantiveram corpo do pai em casa no Rio de Janeiro

O documento indica que é inviável determinar a causa da morte, em razão do elevado grau de decomposição do corpo, e que D’Ottavio pode ter falecido entre seis e dois anos antes.

05/06/2025 19h11

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(Imagem de reprodução da internet).

O italiano Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, com 88 anos, cujo corpo estava sob os cuidados dos filhos em sua residência na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, pode ter falecido há até dois anos, conforme laudo do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro.

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O documento indica que não é possível determinar a causa da morte, em razão do estágio avançado de decomposição do corpo, e que Ottavio pode ter falecido entre seis e dois anos anteriores.

Marcelo Marchese D’Ottavio, de 51 anos, e Tania Conceição Marchese D’Ottavio, os dois filhos do italiano, mantiveram o corpo em casa, coberto por cal e plástico, em um quarto cujas frestas da porta eram seladas para evitar a propagação do cheiro.

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Foram presos em flagrante no dia 21 de maio, após vizinhos acionarem a polícia civil da 37ª DP (Ilha do Governador), que encontrou o corpo na residência e os acusados por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal, decorrentes da reação ao receberem a ordem de prisão. A reportagem não localizou a defesa dos filhos.

A polícia solicitou à Justiça autorização para submeter os dois filhos do italiano a exame psiquiátrico. Marcelo está internado sob custódia (preso) no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, em Botafogo (zona sul). Vizinhos dele relataram à polícia que era comum ele afirmar aos gritos, na rua, que havia matado o pai, o que geralmente era interpretado como um desvio psiquiátrico. Sua irmã está num presídio comum.

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O possível dia da morte coincide com relatos de vizinhos. Eles afirmam que Dario era visto na rua com regularidade, porém sumiu abruptamente há cerca de dois anos. Desde então, os filhos não permitiam a entrada de pessoas na residência.

A investigação indicou que Dario faleceu em casa, não sendo possível determinar se ocorreu por causas naturais ou se houve homicídio, e seus filhos prosseguiram recebendo os benefícios previdenciários do pai. Ele recebia aproximadamente R$ 5.000 por mês (R$ 3.500 referentes à aposentadoria e um salário mínimo como pensão da falecida esposa).

Fonte por: CNN Brasil

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