CBF alega que o afastamento de Ednaldo ocorreu sem evidências concretas
O ministro do STF Gilmar Mendes conduzirá a análise do pedido; a nomeação temporária promove eleições para 25 de maio.

A CBF, no recurso apresentado ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o afastamento de Ednaldo Rodrigues, alegou que a decisão da 5ª instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi motivada pela ausência de provas.
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O desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro determinou a suspensão do presidente da CBF, devido às suspeitas de fraude em um documento que validou a 1ª eleição do dirigente, ocorrida em 2022. Fernando Sarney, vice da entidade máxima do futebol brasileiro, assumiu a presidência interina.
A decisão judicial avaliou a possibilidade de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, também conhecido como Coronel Nunes, um dos vice-presidentes da CBF. Em um ponto da decisão, o desembargador declara: “a solidez dos elementos apresentados nos autos conduz inquestionavelmente à conclusão de que o Coronel Nunes não possui condições de manifestar de forma consciente sua vontade”.
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Em resposta, os advogados da CBF afirmam: “Nesse caso, a decisão expõe o erro da jurisprudência: o juiz DECLARA, de forma enfática, que não possui provas, mas decide, de maneira conveniente, como se as tivesse. Substitui a falta de comprovação por um juízo de verossimilhança revestido de inevitabilidade lógica, que é, na realidade, mera presunção pessoal – inadmissível em qualquer modelo processual minimamente decente”.
A confederação adverte para possíveis sanções internacionais contra o futebol brasileiro. A entidade considera a decisão judicial como “ofensa direta” que “gera risco institucional iminente para o funcionamento” da confederação. “Como é notório, a Fifa e a Conmebol não reconhecem como legítimos representantes da entidade aqueles nomeados judicialmente em substituição à diretoria eleita pela Assembleia Geral, o que potencialmente submete a CBF e suas seleções a severas sanções, inclusive a exclusão de competições esportivas de nível internacional”.
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O ministro do STF Gilmar Mendes será o responsável por analisar o pedido da CBF.
Fernando Sarney já convocou novas eleições para a presidência da Confederação. O interino deseja realizar a votação em 25 de maio. A destituição de Ednaldo Rodrigues ocorre na mesma semana em que a CBF anunciou o italiano Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira.
Fonte: Poder 360