CBF e Ednaldo: o caso explicado de maneira clara

Juiz foi afastado do cargo na quinta-feira (15) por determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

16/05/2025 0h03

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Ednaldo Rodrigues teve sua presidência na CBF afastada nesta quinta-feira (15) após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro, da 19ª Câmara Cível, deferiu pedido de Fernando Sarney, vice-presidente da CBF.

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A decisão judicial se baseou em uma suposta falsificação da assinatura do Coronel Nunes, vice-presidente da entidade, que, na prática, garantia a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF.

Acordo com assinatura questionável.

Em janeiro deste ano, o ministro Gilmar Mendes, do STF, homologou um acordo entre a CBF, cinco dirigentes da entidade e a Federação Mineira de Futebol (FMF) que reconhecia a Assembleia Geral Extraordinária e a Assembleia Geral Eleitoral, responsáveis pela eleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF, em março de 2022. Ednaldo permaneceu no cargo, uma vez que a ação no Supremo que colocava sua eleição em risco foi extinta.

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Assinaram o documento: Antônio Carlos Nunes de Lima (Coronel Nunes), Castellar Neto, Fernando Sarney, Gustavo Feijão, Rogério Caboclo, a Federação Mineira de Futebol e a própria CBF.

Contudo, Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, e a deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), também apelidada de Daniela do Waguinho, solicitaram a revisão da assinatura do Coronel Nunes no referido contrato, levantando dúvidas sobre a autenticidade da alçada mencionada.

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O pedido foi rejeitado pelo STF em 7 de maio. Gilmar Mendes considerou que “não havia, naquela época, quaisquer elementos nos autos que levassem a compreensão ou sequer suspeitas de ocorrência de simulação, fraude ou incapacidade civil dos envolvidos”.

Apesar da decisão, também foi determinado que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro investigasse o caso com prioridade.

Investigação e afastamento

O Coronel Nunes foi impedido de comparecer em audiência no TJ-RJ em 12 de maio devido a questões de saúde. André Mattos, diretor jurídico da CBF, informou que o Coronel Nunes estava impossibilitado de participar, inclusive remotamente.

Sem a presença do Coronel Nunes, o desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro fundamentou a decisão desta quinta-feira em um atestado médico de Coronel Nunes, de maio de 2023, que aponta déficit cognitivo, hidrocefalia, tonturas e ataxia. O desembargador também considerou um exame de grafodocumentoscópico (perícia de assinaturas e documentos) na assinatura do ex-dirigente em outros documentos.

Assim, o desembargador determinou a anulação do contrato celebrado em janeiro, devido à incapacidade mental e à possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, também conhecido como Coronel Nunes.

Fernando Sarney assume

A decisão do TJ-RJ também designou Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, como interventor da entidade para conduzir a eleição dos cargos diretivos, “o mais rápido possível”.

Segundo o documento, Sarney foi selecionado para concluir o pleito devido à sua posição de vice-presidente mais antigo na instituição. O empresário está na CBF desde 1998, quando ocupou inicialmente o cargo de diretor de relações governamentais durante o mandato de Ricardo Teixeira. Sarney permaneceu em todas as administrações subsequentes.

Fonte: CNN Brasil

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