Ceará dialoga com Alckmin e empresários em resposta ao aumento tarifário dos EUA

Elmano de Freitas declara que seu estado é o mais impactado pela taxa adicional; alega que existe interesse de empresários americanos em evitar uma disp…

29/07/2025 16h08

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(Imagem de reprodução da internet).

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT-CE) anunciou na terça-feira (29.jul.2025) a formação de um grupo de trabalho com o governo federal e representantes do setor produtivo cearense para lidar com a taxa de 50% de impostos aplicada pelos Estados Unidos.

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A partir de 1º de agosto, teremos prontidão para implementar as ações necessárias, assegurando a competitividade das empresas brasileiras. O anúncio ocorreu após reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), em Brasília.

A reunião ocorreu na linha de mobilização de outros governadores e senadores para tentar mitigar os impactos da determinação norte-americana, que terá efeito a partir de 1º de agosto.

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De acordo com Elmano, o Ceará é o estado mais impactado do país, visto que metade de suas exportações destinam-se aos Estados Unidos.

O governador acrescentou que há também interesse de empresários norte-americanos em evitar um conflito tarifário que prejudique ambos os países. “Devemos buscar atuar de uma maneira unificada. Não interessa um perde-perde entre as duas economias. Nós queremos um ganha-ganha”, declarou.

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O comitê contará com membros do governo estadual, da Fiec (Federação das Indústrias) e da Faec (Federação da Agricultura), além de profissionais federais. A ideia é elaborar soluções rápidas para assegurar a competitividade das empresas.

O secretário-chefe da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira, declarou que o governo estadual está “absolutamente aberto” ao diálogo com todos os setores produtivos. O objetivo é construir ações conjuntas com a União e os empresários locais para minimizar os impactos negativos na economia do estado.

Além de Alckmin, participaram da reunião em Brasília:

Articulação contra tarifa.

Paralelamente, o Fórum de Governadores se reunirá com Alckmin para discutir os impactos na 4ª feira (30.jul.2025). O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), defendeu um diálogo unificado entre governo federal e governadores.

Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou medidas locais para tentar amenizar os impactos das ações norte-americanas, incluindo a oferta de crédito subsidiado com carência de 12 meses, taxas de juros reduzidas e a liberação de créditos acumulados de ICMS. Ele projeta que a medida pode resultar em uma perda anual de até R$ 7 bilhões em massa salarial e afetar até 120 mil empregos no Estado.

A comitiva de senadores, coordenada por Nelsinho Trad (PSD-MS), busca em Washington um adiamento da proposta de Donald Trump (Partido Republicano).

Em nível federal, Alckmin declarou que o Brasil possui um plano de contingência “bastante completo” e que o governo utiliza canais diplomáticos para evitar a tarifa. Ele também lidera o programa Acredita Exportação, que oferece compensações a pequenos exportadores.

O governo Lula mantém a busca pelo diálogo. Fernando Haddad (PT) afirmou que o presidente já recebeu estudos de impacto elaborados por quatro ministérios. A estratégia, segundo o ministro, visa evitar medidas isoladas enquanto se espera a resposta dos Estados Unidos às cartas enviadas por Brasília.

Fonte por: Poder 360

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