Celso Amorim teme que o conflito evolua para uma guerra mundial
Celso Amorim, assessor especial da Presidência, afirmou que não havia presenciado uma situação internacional tão delicada.

O assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Celso Amorim, manifestou preocupação de que o ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas possa se transformar em um conflito global.
Ele declarou em entrevista ao UOL neste domingo (22.jun.2025) que nunca testemunhou uma situação internacional tão tensa. “Estamos vivendo um momento de grande perigo”, afirmou.
A avaliação do diplomata não pressupõe necessariamente uma guerra mundial com o emprego de armas nucleares entre as potências, mas sim um conflito de grandes dimensões. “É improvável que um país com arma nuclear utilize outras potências nucleares. Acredito que o nível de insanidade ainda não atingiu esse ponto”, afirmou.
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O diplomata apontou dois conflitos que ele considerou “guerras graves”: um na Eurásia e outro no Oriente Médio. “Se os dois conflitos se intensificarem, como tem acontecido, já seria praticamente uma guerra mundial”, afirmou. Ele complementou: “Se somar a esse cenário a guerra tarifária, acredito que o mundo está correndo o risco de afundar como nunca vi”.
Amorim comparou a situação atual com a invasão do Iraque em 2003, mas apontou uma diferença fundamental: os Estados Unidos não consultaram o Conselho de Segurança da ONU antes de realizar a operação no Irã. “Nesse momento, ninguém temia uma guerra mundial. Hoje, eu temo”, afirmou.
O embaixador brasileiro acredita que as ações recentes “representam uma ameaça ao povo iraniano, à região, ao risco de guerra, mas também à credibilidade da ONU e do Tratado de Não Proliferação”. O acordo internacional tem como objetivo impedir a disseminação de armas nucleares, estando em vigor desde 1970. Em 1995, foi estendido por prazo indefinido. Possui adesão de mais de 190 países. Israel é um dos poucos que não assinou o tratado.
Amorim declara que os ataques dos EUA podem gerar o efeito oposto ao desejado. “O que os americanos estão fazendo é incitar um país a desenvolver uma arma nuclear. Nesses circunstâncias, o poder de retaliação seria considerável”, afirmou.
O Ministério das Relações Exteriores condenou, no domingo, o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã. De acordo com o Itamaraty, a ofensiva constitui uma “violação da soberania” do país persa e “do direito internacional”.
Em nota, o órgão afirmou que o governo tem “grave preocupação com a escalada militar” no Oriente Médio. Disse também que os ataques militares israelenses e norte-americanos foram transgressões à Carta das Nações Unidas e às normas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
sobre o ataque dos EUA ao Irã.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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