Marcos Roberto de Almeida, apelidado de Tuta, está alojado na Penitenciária Federal em Brasília, em uma das 208 celas da unidade. As celas são individuais, com seis metros quadrados.
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O ambiente contém cama, escrivaninha, banco e prateleiras em alvenaria, além de banheiro com sanitário, pia e um cano no lugar do chuveiro para saída de água. O material de cama é composto por duas camisetas manga curta e longa, calça, agasalho, tênis, sapato, lençol, toalha, travesseiro e meias. No kit de higiene, há sabonete, desodorante, escova, creme dental, papel higiênico e produtos de limpeza do ambiente.
A tuta permanecerá 22 horas diárias dentro da cela. Os internos têm direito a banhos de sol de duas horas. São oferecidas seis refeições por dia: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.
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Durante o período de triagem, que compreende os primeiros 20 dias na unidade prisional, como ocorre com o traficante, o novo interno fica em uma cela de isolamento com cerca de 9 metros quadrados. Essa cela oferece espaço para banho de sol individualizado, sem contato com outros detentos.
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A equipe multidisciplinar, composta por médicos, psiquiatras, psicós, dentistas, enfermeiros, assistente social e outros setores, realiza o atendimento inicial a cada interno, avaliando suas condições de saúde.
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Nesta fase de adaptação, o interno conhece seus deveres e direitos em uma prisão federal. Apenas advogados constituídos podem visitar o detento nesse período de inclusão.
Os cinco prédios do SPF – Campo Grande (MS), Brasília, Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Catanduvas (PR) possuem projeto arquitetônico idêntico, com aproximadamente 12,3 mil metros quadrados de área construída.
O acesso
São três barreiras de segurança e nenhum objeto pessoal passa no primeiro raio-x. Do lado de fora ficam sapatos, cintos, celular, chaves, moedas e qualquer outro objeto metálico.
A unidade prisional possui um aparelho de varredura corporal, aplicado a visitantes e advogados, com o objetivo de identificar itens proibidos. O parlatório é o local do contato entre defensores e internos. Existe uma barreira de vidro e um telefone para as trocas de informações. Tudo é registrado.
Quem pode ser transferido para uma penitenciária federal.
Conforme decreto presidencial de 2009, o detento transferido para uma penitenciária federal de segurança máxima deve atender a pelo menos um dos seguintes critérios:
Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, e Luiz Fernando da Costa, também conhecido como Fernandinho Beira-Mar, permanecem detidos em presídios federais. Marcola também se encontra em Brasília.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), os presos são inseridos no Sistema Penitenciário Federal por um período de três anos, podendo sua estadias serem estendidas sucessivamente, conforme a manutenção dos fundamentos que levaram à sua transferência para o SPF, mediante decisão judicial.
Prisão na Bolívia
A Força Especial de Combate ao Crime (FELCC) da Bolívia, em conjunto com a Polícia Federal, deteve Tuta na sexta-feira, 16, em Santa Cruz de la Sierra.
Ele foi condenado a 12 anos de prisão no Brasil por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, estando na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020.
A detenção se verificou após o traficante comparecer a uma unidade policial boliviana para assuntos migratórios, apresentando um documento falso em nome de Maicon da Silva, cujas informações já constavam no banco internacional de dados.
O diplomata boliviano noticiou a um policial federal brasileiro sediado em Santa Cruz de la Sierra, que então encaminhou a informação para a sede da Interpol em Brasília. Através da análise de dados biométricos, os agentes brasileiros identificaram que se tratava de um foragido da Justiça.
Após a comprovação de sua identidade legítima, foi preso pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado na Bolívia (FELCC).
Fonte: CNN Brasil