Cesta básica encarece em 15 capitais em abril, aponta Dieese

O trabalhador pago pelo piso nacional destinava, em média, 53,52% da sua renda líquida para a compra dos itens do cesta básico.

08/05/2025 14h48

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(Imagem de reprodução da internet).

Em abril de 2025, o preço de alimentos básicos subiu em 15 das 17 capitais do Brasil, conforme dados do Dieese.

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As maiores variações positivas mensais foram observadas em Porto Alegre (5,38%), Recife (4,08%), Vitória (4,05%) e São Paulo (3,24%). Houve declínios em Brasília (-0,87%) e Salvador (-0,23%).

De acordo com dados do Dieese, São Paulo teve o maior valor da cesta básica no período, com custo médio de R$ 909,25. Florianópolis apresentou R$ 858,20, Rio de Janeiro, R$ 849,70 e Porto Alegre, R$ 834,22. Aracaju registrou os menores custos, com R$ 579,93, Salvador, R$ 632,12, João Pessoa, R$ 641,57 e Recife, R$ 652,71, capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é distinta.

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Em comparação anual, entre abril de 2024 e abril de 2025, quase todas as capitais apresentaram aumento de preços, com variações entre 3,92%, em Natal, e 10,50%, em São Paulo. Salvador (-1,25%) e Aracaju (-0,37%) foram as exceções, com redução nos valores, aponta a instituição.

Nos primeiros quatro meses de 2025, todas as capitais registraram crescimento, com Recife (10,94%) e Fortaleza (10,80%) em evidência.

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Segundo a cotação mais elevada, referente à cidade de São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário para cobrir as despesas essenciais de uma família composta por quatro pessoas atingiria R$ 7.638,62 em abril, o que representava 5,03 vezes o valor do salário mínimo em vigor, que era de R$ 1.518,00.

Em março, o valor estimado era de R$ 7.398,94 (4,87 vezes). Em abril de 2024, o necessário foi de R$ 6.912,69, ou 4,90 vezes o mínimo da época (R$ 1.412,00).

Em abril, o tempo médio para adquirir os produtos da cesta básica foi de 108 horas e 55 minutos, superior ao de março (106 horas e 19 minutos) e ligeiramente inferior ao de abril de 2024 (109 horas e 55 minutos).

De acordo com o Dieese, o trabalhador remunerado pelo piso nacional destinou, em média, 53,52% da sua renda líquida para a compra dos itens da cesta básica, elevando-se de 52,24% em março e 54,01% em abril de 2024.

Variação por itens

O café em grãos aumentou de preço em todas as capitais analisadas em abril. Os reajustes ficaram entre 0,87%, em Goiânia, e 15,55%, em Vitória. No período de 12 meses, os maiores aumentos foram registrados em Vitória (137,04%), Goiânia (133,37%), Brasília (125,99%) e Porto Alegre (117,22%). O Dieese aponta para a menor oferta mundial e as incertezas climáticas que impactam a produção brasileira como causas desse fenômeno.

A batata apresentou aumento em todas as capitais no mês, com destaque para Porto Alegre (35,01%) e São Paulo (11,00%). Contudo, em 12 meses, observou-se queda generalizada, mais acentuada em Porto Alegre (-33,79%) e Florianópolis (-28,31%). O Dieese aponta que a redução da oferta, somada à menor produtividade devido ao calor excessivo, exerceu pressão sobre os preços.

O preço do tomate subiu em 15 capitais, com incrementos significativos em Porto Alegre (51,99%), Vitória (34,28%) e Natal (32,91%). Em Belo Horizonte (-2,97%) e Brasília (-0,53%), houve declínio. Em doze meses, o cenário foi variado, com altas em oito cidades e quedas em nove. De acordo com o Dieese, as chuvas e o clima favorável afetaram a colheita e retardaram o amadurecimento do fruto.

O pão francês apresentou alta em 12 capitais, com variações entre 0,26%, no Rio de Janeiro, e 4,99%, em Vitória. As quedas mais significativas ocorreram em Aracaju (-1,83%) e Salvador (-0,49%). Em 12 meses, houve aumento em quase todas as capitais, com destaque para Porto Alegre (10,15%), Belo Horizonte (7,57%) e Salvador (7,24%). O Dieese relaciona o aumento entre safra do trigo e a maior dependência das importações.

O preço da carne bovina de primeira subiu em onze capitais, incluindo Florianópolis (1,08%) e São Paulo (0,06%). Houve quedas em seis cidades, com destaque para Salvador (-2,81%). No período de 12 meses, todas as capitais registraram aumento, sendo Fortaleza (29,26%) e Brasília (29,02%) as com maiores elevações.

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Fonte: CNN Brasil

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