Chefe de governo português solicita ao Tribunal Constitucional a análise da revisão da política migratória
Marcelo Rebelo de Sousa destaca a ausência de clareza legal e de “segurança jurídica” da medida, bem como uma possível violação “dos princípios de igual…

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, solicitou ao Tribunal Constitucional que avalie as medidas de endurecimento da política migratória aprovadas pelo Parlamento, em especial as referentes ao direito de reagrupamento familiar, conforme anunciado na noite de quinta-feira (24). Rebelo de Sousa pediu ao Tribunal Constitucional uma parecer “urgente” em um “prazo de 15 dias”, segundo nota publicada no site da presidência.
A decisão do chefe de Estado foi tomada após consultar nesta semana os partidos representados no Parlamento sobre esta lei, aprovada em 16 de julho com os votos da coalizão do governo de direita e da extrema-direita, que se tornou na segunda força política do país.
As novas normas direcionam a imigração para perfis mais qualificados e endurecem as regras sobre o reagrupamento familiar. O reagrupamento familiar “poderia demorar, no mínimo, três anos e meio”, o que contrasta com “o princípio de unidade familiar e do interesse superior da criança”, segundo o presidente português. Ele também destaca a falta de clareza legal e de “segurança jurídica”, já que existe um limite de recursos possíveis para os solicitantes, assim como uma possível violação “dos princípios de igualdade e não discriminação” em várias das medidas.
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Os partidos de esquerda aprovaram imediatamente a decisão do presidente, enquanto o partido de extrema-direita “Chega” alertou para um possível “caos migratório” caso a lei entre em vigor.
“Espero que isso não sirva de pretexto para que não haja controle de fronteiras”, declarou André Ventura, líder do ‘Chega’. Pouco após assumir o poder em março de 2024, o governo de Luis Montenegro endureceu as normas migratórias que, até o momento, eram as mais flexíveis da Europa. Especificamente, revogou uma medida que permitia a regularização de imigrantes que pudessem comprovar pelo menos um ano de trabalho e contribuições para a previdência social, mesmo que tivessem entrado no país com um visto de turista.
No final de 2024, o país ibérico contava com 1,55 milhão de estrangeiros, quatro vezes mais que em 2017, e aproximadamente 15% da população total, segundo dados oficiais.
Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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