Chefes de cinco entidades foram inscritos irregularmente no Bolsa Família

A Polícia Federal identificou gestores com idade elevada e que possuem aposentadoria por incapacidade permanente.

03/05/2025 15h44

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(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal (PF) aponta que cinco presidentes de entidades envolvidas no esquema bilionário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) eram beneficiários de programas sociais do governo federal, incluindo Bolsa Família, Cadastro Único (CadÚnico) e Auxílio Brasil. Os dados constam no inquérito da PF, obtido pela CNN neste sábado (3).

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Os líderes envolviam-se na Associação dos Aposentados e Pensionistas Brasileiros (AAPB), na Associação Brasileira dos Servidores Públicos (ABSP)/Associação dos Aposentados e Pensionistas do Nacional (AAPEN) e na Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral e Próprio da Previdência Social (Universo).

O requerimento afirma que cinco pessoas estavam cadastradas no Cadastro e/ou eram beneficiárias do Bolsa Família/Auxílio Brasil (AAPB, ABSP/AAPEN e UNIVERSO), o que indicaria situação de pobreza e vulnerabilidade e eventual comprometimento do desempenho de funções gerenciais em entidades que gerenciam montantes significativos de recursos.

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A investigação da Polícia Federal também apontou que os presidentes das associações investigadas no esquema possuíam idade avançada, com aposentadoria por incapacidade permanente, baixa renda e/ou sem experiência empregatícia formal. Conforme o documento, essas características podem indicar um eventual comprometimento da capacidade para o gerenciamento das entidades.

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Apesar de não haver impedimentos para que pessoas com idade avançada assumam responsabilidades da vida civil, é importante registrar que tanto a captação de associados na abrangência demonstrada neste documento, quanto a aplicação dos recursos aqui tratados, com a eventual organização de estrutura e de serviços em tantos lugares do país, exige articulação, esforço e carga de trabalho muito elevada, o que, eventualmente, não seria compatível.

Não há impedimento para que pessoas sem vínculos empregatícios anteriores exerçam a função de dirigentes nessas associações, mas a direção de associações com a abrangência aqui considerada, de alcance nacional, que deveriam atender a mais de 4.000 municípios, exige grande habilidade, articulação e conhecimentos.

A investigação também aponta que as associações não possuem capacidade operacional para captar os aposentados e pensionistas, realizar e processar as filiações, nem para prestar serviços aos associados.

A CNN contatou as entidades investigadas e aguarda posicionamento. A CNN também tenta contato com os dirigentes citados.

Fonte: CNN Brasil

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