Chico Felitti comenta sobre a série “A Mulher da Casa Abandonada”: “Nunca imaginei tantos desdobramentos”
Com três episódios, a obra é uma adaptação ampliada do podcast de sucesso do jornalista, lançado em 2022 e disponível no Prime Video a partir desta sext…

“A Mulher da Casa Abandonada” foi um evento de 2022. Com a investigação do jornalista Chico Felitti, a história de uma mulher rica, residente de Higienópolis, que havia sido acusada de manter uma empregada em condições análogas à escravidão por anos, chamou a atenção do país. Atualmente, três anos depois, a narrativa ressoa de maneira diferente, em formato de série documental no Prime Video. Com depoimentos de Hilda Rosa dos Santos, que foi vítima desse crime, agentes do FBI que trabalharam no caso e vizinhos que acompanharam de perto a história, a produção será lançada em 15 de agosto para apresentar o lado não contado.
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Em entrevista, Chico comentou sobre a relevância de apresentar essa nova perspectiva do caso e a seriedade do crime praticado por Margarida Bonetti, que ainda é procurada pela polícia nos Estados Unidos, visto que o delito não prescreve naquele país. “Era uma questão muito complexa, nunca imaginei que o caso tivesse tantos desdobramentos. Acreditava que, no podcast, já havia ficado evidente que aquela pessoa havia sido acusada de crimes e fugido do país, porém existia um mistério, a própria figura dela, que fez com que as pessoas interpretassem Margarida como um personagem, e não como um indivíduo.”
A série, ao apresentar imagens e depoimentos de Hilda, do FBI e de pessoas envolvidas no processo da justiça americana, desmistifica a ideia de que ela era uma vítima de fofoca local. Torna evidente que houve um crime, pelo qual o marido de Margarida foi condenado, e que ela não foi julgada devido à sua fuga do país.
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Kátia Lund, responsável pela produção, detalhou o processo de seleção dos novos personagens que enriqueceram a narrativa. “Constantemente buscávamos personagens com envolvimento direto na história. Inicialmente, recebemos contatos de Chico, após o podcast, com revelações como uma vizinha nos Estados Unidos, que informou sobre uma comunidade que se uniu para auxiliar Hilda. Um fio puxava outro. O agente do FBI, por exemplo, demorou mais de um ano para se interessar, mesmo com diversas tentativas. O que o convenceu a participar foi uma carta da Hilda, na qual ela expressava o desejo de compartilhar sua história.”
O depoimento mais impactante da série é, inegavelmente, o da própria Hilda, que se expõe nas imagens para narrar sua experiência. Mariana Paiva, roteirista do documentário, destacou a importância dessa troca significativa com Hilda. “Alterou consideravelmente a direção da série com a sua participação. Para mim, trouxe mais profundidade com a sua presença, é o lado que não foi ouvido no programa. Ela possui uma personalidade forte, demonstrou coragem ao relatar os eventos do tribunal e, por conta de sua idade, decidiu compartilhar sua história na série. É um legado que ela irá deixar, auxiliando diversas pessoas, trabalhadoras nessas condições.” A Katia conseguiu estabelecer contato com Hilda e obter sua confiança, confiando que a história seria bem contada. A Katia viajou até os Estados Unidos, buscando a confiança dela, o que se mostrou crucial.
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“A Mulher da Casa Abandonada” é uma adaptação ampliada do podcast de Chico Felitti, lançado em 2022, dirigido por Katia Lund e disponível no Prime Video a partir desta sexta-feira (15). O caso, que teve grande repercussão jurídica nos Estados Unidos na época, provocou intensos debates e resultou na criação de uma lei que protege vítimas de trabalho forçado, permitindo que trabalhadores que denunciam abusos possam permanecer legalmente naquele país.
Fonte por: Jovem Pan