O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou em coletiva de imprensa na segunda-feira (28) que o país está preparado para ampliar a cooperação comercial com o Brasil em reação à imposição de tarifas pelos Estados Unidos.
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Na próxima sexta-feira (1º), considerando o cenário atual, todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos estarão sujeitas a uma taxa de 50%. Lula tem insistido na ausência de disposição do governo Trump em dialogar ou buscar soluções para a disputa comercial.
A China manifesta disposição para colaborar com o Brasil, demais nações da América Latina e do Caribe, e os países do BRICS, visando, em conjunto, defender o sistema de comércio multilateral e a equidade e justiça internacionais.
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Ele reiterou a posição chinesa, que anteriormente foi considerada em 145% pelos Estados Unidos em abril. “A China já deixou claro sua posição sobre os aumentos de tarifas dos EUA sobre o Brasil. Guerras tarifárias não têm vencedores e ações unilaterais não atendem aos interesses de nenhuma das partes.”
Jiakun afirmou que existe a viabilidade de acesso ao mercado chinês para produtos brasileiros destinados aos Estados Unidos, incluindo aeronaves.
A maior fabricante de aeronaves do mundo, a Embraer, planeja um investimento bilionário e a chance de impactos em empregos comparáveis aos da pandemia de Covid-19, caso as tarifas sejam implementadas. Atualmente, 52% dos pedidos de aeronaves da empresa são feitos por companhias americanas.
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O representante chinês declarou que a China “valoriza a cooperação com o Brasil em áreas como a aeroespacial e está disposta a promovê-la com base em princípios de mercado, impulsionando o desenvolvimento de ambos os países”.
Fonte por: Brasil de Fato