China responde à ameaça dos EUA de aplicar tarifas a nações que adquirirem petróleo russo: “nós somos soberanos”

A China declarou que manterá suas compras de energia com base em seus interesses nacionais, em reação à possibilidade de tarifas de 100%.

31/07/2025 14h42

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(Imagem de reprodução da internet).

O representante do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, afirmou que a China adotará medidas de suprimento de energia adequadas ao país, considerando seus interesses nacionais.

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Guo declarou que a China defenderia firmemente sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento.

O porta-voz respondeu que a ameaça do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bennett, de taxar a China por comprar petróleo da Rússia, não se justifica.

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A declaração de Bennett ocorreu em entrevista coletiva, após o encerramento da terceira rodada de negociações entre China e Estados Unidos sobre comércio, em Estocolmo, Suécia, nos dias 28 e 29 de julho.

O secretário do Tesouro foi questionado sobre o anúncio de Donald Trump na terça-feira (29), de que diminuiria o prazo de 50 para “10 ou 12” dias para que o governo russo apresentasse um acordo de paz com a Ucrânia. Caso contrário, começaria a impor tarifas secundárias de 100% aos seus parceiros comerciais.

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O anúncio ocorreu em seu campo de golfe na Escócia, onde Trump recebeu o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Questionado sobre a questão dessas tarifas secundárias, Bennett respondeu: “Os chineses levam sua soberania muito a sério. Não queremos interferir em sua soberania. Então, se eles querem pagar 100% de tarifa, que paguem.”

Continuaremos as negociações.

Antes das negociações de Estocolmo, havia um acordo entre os analistas de que o resultado seria uma extensão de 90 dias das medidas adotadas na primeira rodada de negociações em Genebra, na Suíça, nos dias 10 e 11 de maio deste ano. O compromisso encerra-se no dia 12 de agosto.

Contudo, não houve resolução nesse sentido. O vice-ministro do Comércio, Li Chenggang, que participa das negociações, afirmou que há acordo entre as partes em continuar pressionando “pela extensão programada de 90 dias da suspensão das tarifas recíprocas de 24% dos EUA e das contra medidas da China”.

Os Estados Unidos, em Genebra, diminuíram de 34% para 10% as tarifas aplicadas à China durante o período que Trump denominou “dia da libertação”, e Pequim também reduziu suas tarifas retaliatórias de 125% para 10%.

Na negociação, a taxa de 20% sobre o “fentanil” não foi incluída. Assim, a redução realizada pelos EUA foi de 24%. Na coletiva com o Secretário de Tesouro dos EUA, o representante de comércio desse país, Jamieson Greer, declarou que Trump será informado sobre as discussões em Estocolmo e que ele tomará a decisão final sobre uma extensão ou não do acordo.

Fonte por: Brasil de Fato

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