Cid afirma não ter sofrido coação durante os depoimentos prestados à Polícia Federal
Cid afirmou que os áudios em que relata ter sido pressionado são autênticos, porém foram “um desabafo” durante um período “difícil”.

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou não ter sofrido qualquer tipo de coerção por parte da PF ou do STF em seus depoimentos. A declaração foi feita durante o interrogatório dos réus do núcleo 1 da tentativa de golpe, na segunda-feira (9.jun.2025).
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Cid respondeu afirmativamente ao ministro Alexandre de Moraes sobre os áudios divulgados pela revista Veja, onde, segundo ele, foi pressionado durante a sua delação, classificando a declaração como um “desabafo” em um momento “difícil”.
Foram áudios vazados sem consentimento. Foi um momento difícil. Eu vendo minha carreira militar e pessoal desmoronando. Uma crise pessoal e psicológica muito grande, o que nos leva a desabafar com amigos, nada de maneira oficial e acusatória. Então foi mais um desabafo para um amigo. Não sei como esses áudios chegaram à mão da Veja. Nenhuma pressão da PF ocorreu, disse Cid em depoimento à 1ª Turma.
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Em março de 2024, a Veja divulgou áudios atribuídos a Cid com um interlocutor. A conversa ocorreria após o dia 11 de março de 2024, quando o tenente-coronel prestou depoimento à Polícia Federal.
Na gravação, Cid alega ter sido coagido a delatar seu ex-chefe e critica Moraes, afirmando que o ministro possui poderes absolutos para determinar prisões ou liberdade de qualquer pessoa. Os áudios também revelam que Bolsonaro “ficou milionário” após receber um Pix de “milhões”.
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Interrogatórios
A Primeira Turma do STF iniciou na segunda-feira (9.jun) o interrogatório dos réus no núcleo central do processo penal por tentativa de golpe de Estado. De acordo com o Ministério Público, os integrantes desse grupo teriam sido responsáveis por liderar as ações da organização criminosa que visava impedir a posse do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Pertencem ao grupo:
Os depoimentos devem ser concluídos até sexta-feira (13/jun). O primeiro a ser ouvido é o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou um acordo de cooperação com o STF. Os demais réus serão ouvidos em sequência, em ordem alfabética. A ordem foi estabelecida para que todos tenham conhecimento do que o delator declarou e, assim, possam exercer o devido direito de defesa.
Todos os réus do núcleo estão obrigados a comparecer nos interrogatórios, podendo permanecer em silêncio, responder a algumas perguntas ou a nenhuma.
Fonte por: Poder 360