Cid informou à Polícia Federal que não solicitou passaporte português com o objetivo de deixar o país

O tenente-coronel Mauro Cid negou à PF (Polícia Federal) que tenha tentado obter um passaporte português, conforme apurou o Poder360. Cid prestou depoimento à corporação por cerca de 3 horas, em Brasília, no início desta tarde.

O tenente-coronel está sendo alvo de mandado de busca e apreensão nesta manhã. Ele é suspeito de tentar obter o documento com a ajuda do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que obteve liberdade provisória nesta sexta-feira (13.jun) após ter sido preso preventivamente no Cotel (Centro de Observação Criminológica e Triagem), em Abreu Lima, no Grande Recife.

O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a operação. Ele deferiu pedido da PGR, que solicitou a instauração de um inquérito para apurar uma possível fuga de Cid, facilitada por Machado.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a viagem da família de Cid aos Estados Unidos em 30 de maio geraria suspeitas de que o militar estaria tentando escapar do Brasil.

O tenente-coronel negou as suspeitas e afirmou que a família esteve no país para celebrar o aniversário de um parente, apresentando passagem de volta para a semana seguinte.

Cid foi réu em ação penal no Supremo que investiga uma tentativa de golpe. Ele foi preso durante as investigações, porém libertado após estabelecer um acordo de colaboração premiada. Deve cumprir medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país.

A alegação apresentada pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) para refutar a suspeita de fuga é que ele possuía apenas uma identidade portuguesa e não um passaporte, visto que, sem o último, não seria possível deixar o país.

O ex-ministro Gilson Machado também compareceu à audiência na Superintendência da Polícia Federal em Recife. Em comunicado oficial, declarou que se comunicou com o Consulado de Portugal para solicitar informações sobre a renovação do passaporte de seu pai.

Fonte por: Poder 360