Cid termina depoimento na sede da PF em Brasília após três horas

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é suspeito de tentar obter passaporte português com a colaboração de Gilson Machado.

13/06/2025 15h35

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A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) no segundo dia dos depoimentos dos 8 réus do núcleo 1 da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. O 1º deles a ser ouvido é o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada com a PF (Polícia Federal), homologado pelo STF.  Ele é o 1º justamente por ser o réu delator. A ordem dos demais depoimentos respeitará a ordem alfabética. | Sérgio Lima/Poder360 - 10.jun.2025

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deixou às 14h30 desta 6ª feira (13.jun.2025) a sede da PF (Polícia Federal) em Brasília após mais de 3 horas de depoimento. Ele é suspeito de tentar obter um passaporte no Consulado de Portugal no Recife com a ajuda do ex-ministro do Turismo Gilson Machado.

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Cid foi objeto de uma ordem de busca e apreensão. Ele já foi preso preventivamente e permanece detido no Cotel (Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna), em Abreu Lima, na região do Grande Recife.

A Procuradoria-Geral da República solicitou ao Supremo Tribunal Federal a instauração de um inquérito para investigar Machado. De acordo com o órgão, a Polícia Federal identificou, em arquivos encontrados no celular de Cid, uma tentativa prévia de obtenção da cidadania portuguesa em janeiro de 2023.

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O tenente-coronel é réu na ação penal no STF que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O militar celebrou um acordo de colaboração premiada com a Corte.

Na avaliação do advogado criminalista Berlinque Cantelmo, ainda não há conexão direta e objetiva que coloque em risco o acordo de Cid. Contudo, se surgirem outras provas que tirem a legitimidade dos depoimentos, pode ser que os benefícios que o tenente-coronel obteve com a delação sejam revistos.

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Se dessa nova investigação feita pela Polícia Federal surgirem elementos, subsídios que possam desconfigurar ou retirar a legitimidade das narrativas ou dos enredos trazidos por Mauro Cid nas respectivas delegações, a consequência natural é que seja revista. Mas neste momento nós não temos ainda subsídio fático, técnico ou documental que possa de fato levar a efeito qualquer tipo de perspectiva quanto à anulação das delegações, declarou Cantelmo ao Poder360.

Fonte por: Poder 360

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