Cientistas chineses são acusados de importar cogumelo venenoso para os Estados Unidos

As autoridades relatam que toxinas geradas pelo agente patogênico podem provocar “vômitos, lesões no fígado e problemas de reprodução em animais de produção e em seres humanos”.

04/06/2025 15h19

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(Imagem de reprodução da internet).

Dois pesquisadores chineses foram acusados de contrabando ao transportar, da China para os Estados Unidos, um patógeno biológico. A intenção era estudá-lo em um laboratório da Universidade de Michigan, conforme relatado em denúncia apresentada nesta terça-feira (4).

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Yunqing Jian, de 33 anos, e Zunyong Liu, de 34 anos, foram acusados de conspiração ou fraude aos Estados Unidos, contrabando de mercadorias para dentro do país, declarações falsas e fraude de visto por trazerem o fungo *Fusarium graminearum* da China, segundo o Ministério Público do Distrito Leste de Michigan.

A procuradora-geral Pam Bondi declarou que a missão do Departamento de Justiça é garantir a segurança do povo americano e proteger a nação de ameaças.

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Diversos aparelhos encontrados com Liu continham mensagens em que ele coordenava com Jian o tráfico de amostras biológicas e outros materiais para a viagem de julho de 2024, e também para uma viagem ocorrida dois anos antes.

Ademais, a denúncia acusa Jian de coordenar com outra pessoa na China o envio de suas amostras ilícitas, que provavelmente são de *Fusarium graminearum*, no ano anterior, instruindo o indivíduo a cortar papéis de filtro em pedaços menores que pudessem ser escondidos dentro de um livro didático grosso.

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A entrega foi apreendida por agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras, e desfeita antes que sua quantidade fosse precisamente avaliada. O remetente das amostras da China não foi formalmente acusado de qualquer ilícito.

A Universidade de Michigan declarou, em nota divulgada na terça-feira (3), que condena fortemente qualquer ação que busque causar danos, ameaçar a segurança nacional ou comprometer a missão pública essencial da instituição.

Observaram que não houve financiamento do governo chinês em relação aos acusados.

Balaya afirmou que Jian compareceu ao tribunal na terça-feira (3), porém não se declarou culpado. A pesquisadora deve comparecer ao tribunal para uma audiência de custódia na quinta-feira (5).

O governo Trump enfrenta uma disputa com a Universidade Harvard para reduzir o financiamento federal e os estudantes internacionais da instituição, ações que resultaram em duas ações judiciais em curso movidas pela universidade.

A administração afirmou que a pesquisa colaborativa com acadêmicos chineses em óptica e aeroespacial correspondia a “coordenar com autoridades do Partido Comunista Chinês em treinamentos que comprometiam a segurança nacional americana”.

O Departamento de Segurança Interna também menciona uma investigação conduzida por três presidentes de comitês republicanos do Congresso, que apontou que uma série de conferências de saúde promovidas por Harvard envolveu a participação de membros de um grupo paramilitar chinês sancionado.

O grupo foi acusado de cúmplice participação em um genocídio contra a minoria uigur da China, povo que reside no noroeste do país.

Fonte por: CNN Brasil

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