Cinema Matilde e Casa do Silveirinha: referências da cultura e identidade de Bangu, no Rio, serão reabilitados
Vereador Felipe Pires (PT) propõe transformar imóveis ociosos em locais de cultura na região oeste.

O Cine Matilde Bangu, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, será revitalizado para ser um espaço cultural, com programação gratuita e acessível. A proposta do vereador Felipe Pires (PT) foi apresentada em uma agenda simbólica que reuniu o prefeito Eduardo Paes (PSD) e uma comitiva para visitar o local no centro do bairro.
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Na década de 1960, o cinema era considerado o mais moderno da cidade.
Outro ícone que faz parte da memória afetiva dos moradores promete ser reaberto: a Casa do Silveirinha, residência histórica de Guilherme da Silveira Filho.
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O Dr. Silveirinha, como era conhecido, foi herdeiro da tradicional Fábrica Bangu e figura importante no desenvolvimento do bairro.
Há décadas abandonados, os espaços guardam parte da história da industrialização do bairro operário. O Cine Matilde, fechado desde os anos 1990, era ponto de encontro de famílias, juventude e trabalhadores nos tempos áureos do cinema de rua.
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O vereador Felipe Pires, natural de Bangu, informou que os dois imóveis serão avaliados para que a prefeitura apresente uma proposta de compra ou desapropriação.
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Ao Brasil de Fato, o parlamentar reiterou a relevância de retornar à comunidade os espaços que moldaram a identidade do bairro no subúrbio carioca e que atualmente podem se transformar em pontos de cultura, interação social e estímulo à economia local.
A reabertura do Cine Matilde e da Casa do Silveirinha representa um avanço para democratizar o acesso à cultura, assegurando esse direito onde a população reside e honrando a memória do nosso território. Cultura não pode ser exclusividade de quem habita o centro ou Zona Sul do Rio. Por isso, defendemos esses dois espaços culturais, que irão gerar empregos, impulsionar a economia e proporcionar lazer em Bangu.
Pires também afirmou que a medida visa compensar parcialmente a negligência histórica com a cultura da região. “Atualmente, para um habitante da Zona Oeste ir a um museu, um cinema popular ou de rua, ou até mesmo participar de uma atividade cultural acessível, ele precisa atravessar a cidade, passar longas horas no transporte público e frequentemente gastar o dinheiro que não possui. Essa é uma exclusão cultural completa.”
A comitiva, organizada pelo vereador em Bangu, incluiu também o vice-prefeito Eduardo Cavaliere, o secretário municipal de Cultura, Lucas Padilha, o secretário de Educação, Renan Ferreirinha, o secretário municipal de Coordenação Governamental, Edinho Flat e o secretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Adilson Pires.
Fonte por: Brasil de Fato