Em 2022, Ciro Gomes manifestou frustração após as derrotas eleitorais, mencionando a possibilidade de concorrer novamente em 2026. Naquele ano, o candidato obteve o pior resultado em uma eleição presidencial, com apenas 3% dos votos válidos. Contudo, a declaração de abandonar a disputa pode ter sido definitiva.
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Com insatisfação em relação à postura de Carlos Lupi, uma vertente do PDT tem demonstrado otimismo com os avanços de Ciro e seu possível retorno às eleições em 2026, embora permaneça incerto se ele disputará a sucessão de Lula (PT) ou a eleição para o governo do Ceará, do qual se afastou em 1994.
De acordo com apuração da CartaCapital, pessoas próximas ao ex-ministro relatam que ele tem demonstrado interesse em retomar a atuação política. “Se ele tiver condições de viabilidade, pode ser um nome”, avalia um interlocutor, ressaltando que Ciro saiu desiludido da última eleição e só aceitaria retornar com o apoio incondicional do próprio partido.
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Há poucas semanas, o ex-governador participou de um café da manhã com deputados que fazem oposição à gestão do petista Elmano de Freitas. A reportagem apurou que, no encontro, ele defendeu o nome de Roberto Cláudio, correligionário seu, para a sucessão estadual, mas admitiu que poderia entrar na disputa em uma “situação extrema”, sem especificar o que isso significaria.
Segundo informações, ele teria recebido um convite de Tasso Jereissati para se filiar à nova legenda, resultante da fusão entre PSDB e Podemos. Além disso, manifestou apoio ao deputado estadual Alcides Fernandes (PL), recentemente lançado por Jair Bolsonaro como pré-candidato ao Senado no estado.
A proximidade de Ciro com setores do bolsonarismo não é recente. Desde o ano passado, ele tem atuado em consonância com lideranças da direita cearense – corrente que, em tempos recentes, o fez atacar veementemente. Nas eleições municipais, por exemplo, apoiou o bolsonarista André Fernandes (PL) à prefeitura de Fortaleza, contra o petista Evandro Leitão.
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A distância entre Ciro e o PT tem origem na campanha presidencial de 2018, quando o petista atribuiu a vitória de Jair Bolsonaro aos petistas. As declarações não levaram a uma ruptura imediata com o partido no Ceará – aliança que perdurava desde os anos 1990. Contudo, a relação se deteriorou definitivamente em 2022, inclusive causando o afastamento entre Ciro e seu irmão, o senador Cid Gomes.
Ciro Gomes não respondeu, diretamente ou por meio de sua assessoria, conforme solicitado pela CartaCapital.
Fonte: Carta Capital