Claudia Sheinbaum solicita revisão do protocolo de combate ao crime organizado com EUA

Presidente do México Solicita Revisão do Protocolo de Combate ao Crime Organizado

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou nesta quarta-feira que instruiu o ministro das Relações Exteriores, Juan Ramón de la Fuente, a se reunir com o embaixador dos Estados Unidos no país, Ronald Johnson. O objetivo da reunião seria discutir a necessidade de aprimorar o protocolo de combate ao crime organizado em águas internacionais, em resposta aos recentes ataques americanos contra embarcações suspeitas de transportar drogas.

Sheinbaum detalhou que a conversa se insere no contexto dos acordos de segurança estabelecidos com os EUA, buscando garantir que o protocolo continue operacional. A presidente mencionou que a discussão ocorreu após uma operação realizada pelos EUA contra um barco, localizado em águas internacionais próximas às costas do México, que supostamente transportava entorpecentes.

A presidente expressou a discordância do México em relação a essas operações, destacando que o país possui um modelo de protocolo que tem apresentado resultados positivos. Sheinbaum enfatizou a preocupação com possíveis riscos para cidadãos mexicanos ou violações da soberania nacional, especialmente em áreas econômicas.

Leia também:

Fed reduz taxas de juros e anuncia corte no balanço patrimonial – o que esperar?

Javier Milei Busca Consenso com Reformas Após Vitória Eleitoral

Relatório da Lancet: Calor e Incêndios Florestais Causam 546 Mil Mortes Anuais

A proposta de Sheinbaum envolve a realização de operações conjuntas com a Marinha do México, caso embarcações suspeitas de transportar drogas se aproximem das águas internacionais do país, com o objetivo de prender os tripulantes. A presidente ressaltou que o embaixador dos EUA manifestou disposição para revisar o protocolo existente e propor melhorias em seu país.

Adicionalmente, Sheinbaum confirmou que, em caso de sobreviventes de ataques dos EUA a embarcações de narcotraficantes, o México retomará a intervenção, considerando a questão como humanitária e parte do direito internacional no mar.