Passageiros judeus que solicitaram cardápios kosher em um voo da companhia aérea espanhola Iberia receberam bandejas de comida com mensagens de “Palestina Livre”, informaram a empresa e uma associação nesta terça-feira (5). O incidente ocorreu no voo IB0102 que partiu de Buenos Aires na segunda-feira com destino a Madri, segundo um comunicado da Delegação de Associações Israelitas Argentinas (DAIA), que denunciou um “grave ato de antissemitismo”.
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Durante o voo, que pousou nesta terça-feira na capital espanhola, um dos passageiros recebeu a comida com a mensagem “Palestina Livre”, escrita com marcador preto sobre uma das etiquetas, de acordo com a DAIA, que publicou a imagem em seu site. “Outros passageiros também receberam bandejas com as iniciais “FP”, afirmou a organização, acrescentando que havia feito “contato com as autoridades da companhia aérea para exigir e ações imediatas” sobre o que foi qualificado como “ato discriminatório”.
A Iberia divulgou um comunicado no qual registrou o incidente e anunciou uma investigação exaustiva, tanto no âmbito interno quanto com os fornecedores externos responsáveis pelo serviço de catering, com o objetivo de esclarecer o ocorrido. A tripulação da Iberia documentou o ocorrido e se envolveu para atender os afetados. O comandante se dirigiu pessoalmente para pedir desculpas em nome da companhia aérea, explicou. “Comportamentos dessa natureza são inaceitáveis e contrários aos valores de respeito e inclusão que são parte essencial da identidade” da Iberia, acrescentou a empresa, que prometeu “adotar todas as medidas que sejam pertinentes” uma vez que se esclareça o ocorrido.
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O ocorrido se passou poucos dias após outro incidente que impactou passageiros judeus, nessa ocasião franceses, na companhia aérea espanhola Vueling, que, assim como a Iberia, pertence ao grupo IAG, controladora da British Airways. Em 23 de julho, um grupo de adolescentes franceses judeus retornando de férias da Espanha, juntamente com seus monitores, foi retirado do avião que os levaria de Valência para Paris momentos antes da decolagem. A empresa alegou que a decisão se justificava por “motivos de segurança” e afirmou que os adolescentes apresentaram uma “conduta inadequada” a bordo. A versão foi contestada pela associação organizadora do acampamento, que anunciou a apresentação de uma denúncia por “violência física, psicológica e discriminação por motivos religiosos”.
Com informações da AFP
Publicado por Nícolas Robert
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Fonte por: Jovem Pan