O Atlético-MG anunciou na quinta-feira (16.maio.2025) o balanço financeiro do exercício de 2024 da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O clube obteve prejuízo de R$ 299 milhões no período.

A dívida total aumentou de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,814 bilhão, representando um incremento de R$ 414 milhões.

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A maior despesa do ano foi a folha salarial do futebol, totalizando R$ 323 milhões. O clube obteve R$ 419 milhões em receitas operacionais. As dívidas bancárias representam o maior passivo financeiro, somando R$ 941 milhões, devido a juros e encargos.

A metodologia utilizada para determinar o endividamento líquido considera valores de curto e longo prazo, totalizando R$ 2,376 bilhões. Deste montante, são deduzidas receitas provenientes de curto prazo (R$ 120 milhões) e de longo prazo (R$ 433 milhões), juntamente com o caixa disponível no final de 2024 (R$ 9 milhões), o que aponta para um endividamento líquido de R$ 1,814 bilhão.

As transferências de jogadores geraram um superávit de R$ 183 milhões. Deste valor, R$ 102 milhões foram provenientes da venda de Paulinho ao Palmeiras, realizada no início de 2025.

O Atlético-MG teve atrasos nos pagamentos de salários e pendências no pagamento de parcelas da aquisição de jogadores. O clube possui dívidas com Botafogo, Cuiabá, Corinthians, Athletico-PR e Coritiba, referentes a negociações envolvendo jogadores como Júnior Santos, Deyverson, Fausto Vera, Cuello e Natanael. O Corinthians acionou a Câmara Nacional de Resoluções de Disputas (CNRD), e o Cuiabá já havia recorrido à Justiça anteriormente.

Após a transformação em SAF, o planejamento era quitar a dívida deixada pela associação até o final de 2026. Contudo, a administração vigente modificou esse prazo e não apresentou nova projeção. A expectativa da diretoria é consolidar os indicadores financeiros a partir de 2028.

Fonte: Poder 360