Clube Grêmio analisa outras opções e se distancia da mudança para Sociedade Anônima do Futebol
Executivo mantém equipe para avaliar padrões de administração, ao passo que a maioria dos aspirantes à presidência se opõe à adoção de modelo empresarial.

O Conselho analisa diversos cenários para consolidar suas finanças, porém se afasta da transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Conforme informações divulgadas pelo Globo Esporte na quinta-feira (24.jul.2025), o clube gaúcho confirmou que mantém estudos sobre o tema, ao passo que a maioria dos candidatos à presidência se posiciona contra a mudança para o modelo empresarial em Porto Alegre.
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A Diretoria avaliou a situação e formou uma comissão permanente para analisar o tema, enquanto o Conselho de Administração promove debates periódicos sobre opções que possibilitem ao clube enfrentar equipes com maior capacidade financeira.
A principal preocupação é a possível perda de controle sobre o clube. Fábio Floriani, vice-presidente do Conselho de Administração, afirmou: “Não imagino o Grêmio vendendo o seu clube para outro clube, como aconteceu com o Bahia, que na verdade foi vendido para o Manchester City, que é praticamente dono do clube hoje”.
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Acontece que a transformação não tem prazo determinado e não deve ocorrer no médio prazo. Floriani estima um período para a definição do modelo a ser apresentado aos associados: “Acredito que estamos falando num prazo de talvez um, dois, três anos, no máximo, para ter um modelo a ser perseguido e oferecido para o nosso associado”.
O vice-presidente também afirmou que: “Do ponto de vista de mercado, a situação é iminente, porque os clubes estão com capacidade de investimento. Observe as cifras que estão sendo investidas pelas SAFs, e os clubes que não são SAF, com exceção do Flamengo e do Palmeiras, talvez do Corinthians, estão conseguindo acompanhar, porém os outros clubes não estão conseguindo acompanhar. Alguns estão inclusive se endividando muito acima do seu poder de endividamento para poder fazer frente a isso”.
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Entre os quatro candidatos à presidência do Grêmio, apenas Sérgio Canozzi se mostra favorável à transformação. Ele defende um modelo específico: “Sou favorável à SAF. Dou o exemplo do Fortaleza. Quem é o dono da SAF é o Fortaleza, é o clube. A SAF que eu defendo é a mesma, não é a do Textor (John) no Botafogo. Eu acho que é uma questão de convencimento (no Conselho Deliberativo)”.
Os demais candidatos expressam opiniões contrárias.
A direção do clube avalia diversos casos de SAF no futebol brasileiro. Modelos como os do Bahia e do Botafogo, detidos por estruturas multitempos, não despertam grande interesse na gestão atual. O caso do Fortaleza, que se tornou SAF sem um investidor específico e colocou ações à venda no mercado, está sendo examinado como uma possibilidade.
Não há dados concretos sobre o valor do Grêmio no mercado em caso de transformação. Floriani afirmou que: “é uma questão técnica. É uma discussão técnica dos modelos de avaliação, da avaliação de quanto vale um clube. Existem várias metodologias e essa é a beleza desse tema, porque se você olhar sob o ponto de vista de alguma metodologia, os clubes valem pouco, mas se você vai olhar sob o ponto de vista da marca, da paixão do torcedor, os clubes valem bastante. Encontrar um equilíbrio metodológico para entender qual é o valor dos clubes faz parte dessa dinâmica também. Não é uma coisa fácil e simples.”
Fonte por: Poder 360