Clubes e patrocinadores impulsionam iniciativas de sustentabilidade

Uma pesquisa da Scientists for Global Responsibility indica que o futebol produz até 66 milhões de toneladas de CO2 anualmente. Essa quantidade corresponde às emissões anuais da Áustria ou 60% acima do total do Uruguai.

É a primeira avaliação abrangente sobre o impacto ambiental do futebol. Com base nos resultados, clubes e patrocinadores investem em projetos sustentáveis.

O estudo aponta que uma partida eliminatória da Copa pode produzir até 72 mil toneladas de CO2. Esse volume é equivalente ao consumo de 51 mil veículos em um ano.

A Criciúma, parceira da Cristalcopo, lançou em 2019 o projeto Recicla Junto. A iniciativa organiza e encaminha os resíduos dos jogos no Heriberto Hülsen para reciclagem. Na última temporada, foram coletadas mais de 15 toneladas de lixo, 60% a mais que em 2023.

“O intuito é transformar a sociedade a partir do exemplo”, afirma Augusto Freitas, da Cristalcopo.

Times em campo

O Internacional recuperou mais de 36 mil kg de resíduos no Beira-Rio em 2024. A iniciativa garantiu a proteção de recursos como árvores, petróleo, bauxita, ferro e areia. O clube também neutralizou 24 toneladas de CO₂ durante o Campeonato Gaúcho.

A neutralização compreendeu ações no estádio e viagens dos atletas.

“Este projeto reforça nosso compromisso com o clima e o meio ambiente”, afirma Giovane Zanardo, CEO do Inter.

O Juventude investiu em placas solares, economizando aproximadamente R$ 10 mil por mês. O sistema diminui a dependência da rede elétrica e o impacto ambiental. “O clube tem a intenção de expandir o uso de fontes renováveis”, afirma Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude.

O Sport estabeleceu acordo com a prefeitura do Recife para compensação ambiental, com investimento de R$ 2,7 milhões na reforma da Ilha do Retiro, em razão da análise do Estudo de Impacto de Vizinhança.

Vanessa Pires, da Brada, afirma que essas ações auxiliam na preservação do meio ambiente. Ela ressalta que elas diminuem a poluição e expandem a conscientização da sociedade.

O Botafogo-SP estabeleceu parceria com a Clarke Energia para o uso de energia renovável. A previsão é diminuir 140 toneladas de CO2 anualmente e reduzir 40% da conta de luz. O clube também almeja integrar o Pacto Global da ONU.

“Todos os clubes deveriam se importar com o tema”, afirma Ferdinando Brito, dirigente do Pantera.

Nos espaços privativos, o fluxo contínuo também aumenta.

A Soccer Hospitality removeu copos plásticos desde 2022 em estádios em todo o país. A empresa substituiu por canecas recicláveis em arenas como Morumbi e Allianz Parque.

O futebol é uma oportunidade para promover ações ambientais, afirma o CEO da empresa, Léo Rizzo.

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Fonte por: CNN Brasil