Com 184 votos favoráveis, a CPI do INSS aprova requerimento: “Pessoas roubadas”
30/04/2025 às 14h53

Deputados da oposição protocolaram, na quarta-feira (30/4), o pedido de instalação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) do “Roubo dos Aposentados”. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está no centro de um escândalo envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões, um esquema exposto por reportagens do Metrópoles e que resultou em uma operação da Polícia Federal na última semana.
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), com o apoio de líderes de oposição, reuniu 184 assinaturas para a instalação de uma CPI. O regimento exige 171 signatários, o que representa um terço dos membros da Câmara dos Deputados.
A instalação da Comissão de Julgamento da Alegação de Impropriidade Etária (CPI-AE) será conduzida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Contudo, na reunião de líderes desta quarta, Motta ressaltou que existe uma demanda de solicitações de instalação de CPIs e não se comprometeu a instaurá-la.
Antes de protocolar o texto, Coronel Chrisóstomo (PL-RO) declarou contar com o apoio de Motta na instalação, considerando que Pernambuco foi fortemente afetado pela fraude e que várias pessoas no reduto eleitoral do presidente estavam sendo roubadas.
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Comissão Parlamentar de Inquérito possui poder de investigação, podendo, por exemplo, solicitar informações de órgãos da administração pública e determinar audiências, incluindo com ministros de Estado.
A fraude envolvendo o INSS foi exposta pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023, que resultaram no inquérito instaurado pela PF para apurar as cobranças realizadas por entidades registradas em nome de empresas de fachada.
Em março de 2023, o Metrópoles revelou, com base em dados da Lei de Acesso à Informação, que 29 empresas aumentaram o faturamento mensal com descontos de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões, totalizando R$ 2 bilhões anualmente, apesar de responderem a 62 mil processos movidos por aposentados que denunciam fraudes nas cobranças.
Fonte: Metrópoles