Com a elevação da taxa Selic, oposição propõe redução de despesas no projeto do Imposto de Renda

A situação não evoluirá se o governo não reduzir os gastos da própria natureza.

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(Imagem de reprodução da internet).

Em meio à alta da taxa Selic, a oposição voltou a pressionar por um corte de gastos do governo federal. A gestão petista se preocupa com os efeitos econômicos da alta dos juros, também já de olho nas eleições de 2026. Avalia ser preciso manter a percepção de capacidade do poder de compra da população. Mas, para parlamentares de centro-direita no Congresso, a situação não vai melhorar se o governo não cortar gastos. se não cortar da própria carne.

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O deputado Gilson Marques (Novo-SC) propôs ao relator do projeto de reforma da Receita Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), a inclusão de cortes obrigatórios de gastos por parte do governo ou restrições futuras à autorização de novos gastos no texto. A proposta visava compensar a perda de receitas decorrente da isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais. O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) também levantou questionamentos semelhantes.

Lira considerou as sugestões, porém ainda não se comprometeu com os temas de possíveis alterações no futuro.

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O Banco Central justificou a elevação da taxa Selic para 14,75% ao ano, um aumento de 0,5 ponto percentual, devido ao alto nível de incertezas relacionadas ao cenário doméstico, incluindo as contas públicas e a inflação, bem como à conjuntura global, em especial as decisões da política comercial norte-americana.

Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) identificam que a pressão inflacionária ainda não atingiu um nível de estabilidade. Os riscos para a inflação, em suas vertentes alta e baixa, são considerados superiores ao normal.

A taxa Selic atingiu o nível mais elevado desde julho de 2006, ainda que em menor extensão do que nas últimas três reuniões.

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Com a Selic em 14,75%, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de juros reais, situando-se abaixo da Turquia e da Rússia, e acima da África do Sul, Colômbia e do México, conforme relatório da MoneYou e Lev Intelligence.

O Banco Central não indicou com tanta precisão quais serão os próximos passos da Selic. Na nota divulgada nesta quarta-feira, o Copom afirmou que o cenário de alta incerteza, aliada à necessidade de analisar o impacto das medidas implementadas até o momento, exige cautela e flexibilidade adicionais.

O Federal Reserve manteve as taxas de juros entre 4,25% e 4,5% ao ano, em sua terceira decisão consecutiva. Essa atitude foi esperada pelo mercado, considerando as incertezas causadas pela política comercial de Donald Trump. O banco central alertou que tarifas elevadas podem levar ao desemprego e à inflação.

De qualquer forma, o presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que a pressão de Trump não afeta o trabalho da instituição. Powell afirmou ainda não ter pressa para decidir os próximos passos da política monetária americana.

Em oposição aos Estados Unidos e ao Brasil, o Banco Central da China anunciou na quarta-feira a redução da taxa de juros para 1,4% e a injeção de liquidez de longo prazo no sistema bancário, buscando impulsionar o crescimento econômico e mitigar os efeitos da guerra comercial na Ásia.

Fonte: CNN Brasil

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