Começou a Terceira Guerra Mundial! Entenda. - ZéNewsAi

Começou a Terceira Guerra Mundial! Entenda.

24/01/2024 às 11h23

Por: José News
Imagem PreCarregada

As antigas batalhas tinham características curiosas: os soldados usavam uniformes vistosos, alguns tocavam instrumentos musicais, e outros seguravam bandeiras. As tropas se posicionavam no campo de batalha e, ao receberem ordens, atacavam. A guerra era direta e sangrenta. Hoje, embora ainda sangrenta, a guerra perdeu sua clareza. A Terceira Guerra Mundial já está em andamento, mas é gradual, hipócrita e indireta. Em um mundo globalizado e altamente conectado, os conflitos mundiais são comuns. Muitos historiadores afirmam que a Segunda Guerra Mundial foi uma continuação da Primeira, após um intervalo de 20 anos. A Primeira Guerra Mundial foi causada por competição por mercados, expansionismo e nacionalismo. A Segunda Guerra Mundial adicionou três fatores: nazifascismo, comunismo e democracias ocidentais. O comunismo da União Soviética se aliou ao capitalismo americano e europeu para derrotar o nazifascismo.

Continua depois da publicidade

A Terceira Guerra Mundial parece incorporar todos esses elementos, com uma grande diferença: não é mais uma guerra entre países, mas entre diferentes visões de mundo, todas buscando expandir-se por razões econômicas e de poder. Se a Segunda Guerra Mundial estabeleceu a hegemonia da “civilização ocidental”, a Terceira Guerra Mundial contesta isso, com estratégias e financiamentos por trás. O mundo parece estar multipolarizado entre pelo menos quatro grupos: 1) civilização ocidental (EUA, Europa, Canadá, Austrália etc.); 2) capitalismos autoritários (China, Rússia); 3) islamismo e seus conflitos internos (sunitas x xiitas, extremistas x moderados, etc.); 4) mercados em países emergentes (África, América Latina, Ásia e Pacífico) oscilando entre “esquerda” e “direita” e diversos níveis de repressão ou liberdade.

De maneira surpreendente, após a Segunda Guerra em 1945, a queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da União Soviética em 1991, o economista Milei, presidente da Argentina, foi ao Fórum Econômico Mundial em Davos, em janeiro de 2024, para defender o capitalismo. Vale destacar que o mundo nunca teve outro modelo econômico produtivo que tenha funcionado. Independentemente da opinião sobre Milei, é um fato que o capitalismo retirou 90% da população mundial da pobreza extrema. Milei evitou usar os rótulos “esquerda” e “direita”, preferindo destacar o contraste entre o “coletivismo”, onde os meios de produção têm grande controle estatal, como na China, Rússia e vários países emergentes, e o “libertarianismo” do Ocidente, com economias de mercado livres. Países com liberdades econômicas são 12 vezes mais prósperos do que aqueles com restrições. Vale notar que nos países com liberdades econômicas, a riqueza é compartilhada, enquanto nos países restritos, ela se concentra nas mãos de poucos e muitas vezes acaba em contas secretas.

O grupo Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e Israel. Esses governos fundamentam essa designação com base em atividades como ataques suicidas, lançamento de foguetes contra civis e envolvimento em conflitos armados.

Semântica e politicamente, a palavra “democracia” é utilizada de maneira variada ao redor do mundo. Mesmo em países que não são reconhecidos como democráticos, como Coreia do Norte, Argélia, Congo, Cuba, Etiópia, Laos, Nepal e Venezuela, o termo é frequentemente incorporado em seus nomes oficiais. O ex-presidente Lula, ao comentar sobre a Venezuela, expressou a visão de que o conceito de democracia é relativo. Ele também destacou seu orgulho em ser chamado de comunista e sua satisfação por ter indicado um ministro com essa filiação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Observa-se que, atualmente, os conceitos de democracia e nacionalismo não são rigidamente definidos por fronteiras nacionais, mas sim por alinhamentos ideológicos internacionais.

LEIA TAMBÉM:

Implantar um programa de governo eficaz que concilie características democráticas e comunistas representa um desafio significativo. Historicamente, o comunismo e a democracia têm sido considerados incompatíveis, e a polarização entre “esquerda” e “direita” nas últimas décadas tem influenciado decisões políticas bilionárias, impactando a vida de milhões de pessoas. Como é comum, há vencedores e perdedores nesse cenário.

No Brasil, observa-se uma intensa polarização em diversos temas, como vacinação contra a Covid, agronegócio, papel do Estado em empresas, decisões judiciais, tratamento de criminosos e até em iniciativas anticorrupção. No entanto, quando essa polarização atinge a mídia e as universidades, a diversidade de pensamentos parece ser suprimida em prol de uma suposta unanimidade pouco inteligente. Questiona-se se essa forma de “diversidade” que favorece um pensamento único é, na verdade, um tipo de totalitarismo em vez de uma democracia.

Há uma crítica à repetição incessante de narrativas, emulando o ministro de Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, onde certas afirmações são reiteradas até se tornarem aceitas como verdade. O exemplo citado é o uso frequente do termo “genocida” sem considerar a definição precisa estabelecida pela Convenção das Nações Unidas sobre Genocídio em 1948, que descreve cinco indicadores específicos. A argumentação aponta que acusar alguém ou um país de genocídio sem compreender esses critérios revela ignorância e preconceito. Além disso, ressalta que, segundo essa definição, existem pelo menos 50 genocídios documentados na história, sendo o Holocausto o maior, com o extermínio sistemático de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Em 7 de outubro de 2023, ocorreu um segundo evento trágico em Israel, semelhante ao Holocausto. Há evidências, incluindo vídeos feitos pelos próprios membros do grupo Hamas, que mostram atos terríveis, como decapitações, assassinatos de bebês, estupros e o sequestro de mais de 200 civis inocentes, incluindo crianças, levados para Gaza. Surpreendentemente, boa parte da comunidade internacional respondeu com silêncio e aparente conivência. Os movimentos feministas ignoraram os estupros brutais, enquanto psicanalistas e cientistas sociais, que já exploraram profundamente as raízes do mal durante o Holocausto, permaneceram em silêncio. A África do Sul assumiu uma posição legal em favor do grupo terrorista Hamas, acusando Israel de genocídio na Corte Internacional de Justiça. Essa ação recebeu apoio constrangedor do Brasil e de aproximadamente 15 outros países, a maioria deles ditaduras.

Nos meios acadêmicos, é comum criticar a “direita”, mas criticar a “esquerda” é algo evitado. Isso acontece porque os acadêmicos se sentem à vontade para condenar ditaduras de direita. No entanto, com a esquerda apoiando os terroristas do Hamas por razões geopolíticas, muitos acadêmicos preferem não abordar o mal associado a essa postura ou optam pelo silêncio.

A cartilha da esquerda, que naturalmente se opõe aos Estados Unidos e a Israel por vê-los como “capitalistas”, é evidente na academia. O capitalismo autoritário da China é aceito pela esquerda devido à sua autodefinição como “comunista”. Essa tendência, presente há décadas desde a Segunda Guerra Mundial, revela uma postura hipócrita da esquerda, que se apresenta como defensora dos fracos e oprimidos, mas muitas vezes ignora ou relativiza atitudes questionáveis.

Recentemente, algumas das principais universidades, como Harvard, MIT, Penn e Columbia, fizeram demonstrações em apoio ao Hamas, um grupo considerado genocida, antissemita, machista e terrorista. Alguns argumentam que o Qatar estaria financiando essas instituições para influenciar suas perspectivas.

Essa polarização extrema, conhecida como “teoria da ferradura”, está levando a uma aproximação entre a extrema esquerda e a extrema direita, criando um cenário global mais tenso. Isso é preocupante, pois trivializa a memória dos 75 milhões de mortos na Segunda Guerra Mundial. Como Albert Einstein expressou, não sabemos quais serão as armas usadas na Terceira Guerra Mundial, mas, na Quarta, seriam paus e pedras.

Botão de fechar
Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.