Cometa 3I/ATLAS: Um Visitante de Outra Estrela
O cometa 3I/ATLAS está em uma jornada fascinante, um visitante de outro sistema estelar que se aproxima da Terra. Descoberto no meio do ano, o cometa se aproxima, com um tamanho estimado entre 440 metros e 5,6 quilômetros, e está sendo monitorado de perto por telescópios espaciais da Nasa. À medida que se afasta, a observação se torna mais difícil, oferecendo uma janela limitada para astrônomos amadores registrarem seu brilho antes que ele desapareça no céu.
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A Trajetória do Cometa
O cometa se aproximará de Júpiter em março, passando a 53 milhões de quilômetros do planeta gigante, mas sua jornada pelo sistema solar será breve. Até meados da década de 2030, ele alcançará o espaço interestelar, sem perspectivas de retorno.
A trajetória do cometa sugere que ele se originou na região próxima ao centro da nossa galáxia, à Via Láctea, e foi ejetado de seu sistema estelar original, provavelmente por forças gravitacionais de uma estrela ou planeta gigante.
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Observações e Tecnologia
Para acompanhar o cometa, a Nasa mobilizou 12 espaçonaves espalhadas pelo Sistema Solar, em uma coordenação inédita. Imagens próximas foram capturadas por Marte, onde o Mars Reconnaissance Orbiter, a sonda MAVEN e o rover Perseverance fotografaram o cometa de 30 milhões de quilômetros de distância.
Missões de observação solar, como STEREO, SOHO e PUNCH, conseguiram rastrear o cometa quando ele passou atrás do Sol. Já as espaçonaves Psyche e Lucy, a caminho de suas missões para estudar asteroides, capturaram imagens de centenas de milhões de quilômetros de distância.
Até os grandes observatórios espaciais, como o Telescópio Hubble e o Telescópio James Webb, entraram em ação.
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Desmistificando o “Alienígena”
As observações mais recentes, detectadas pelo radiotelescópio MeerKAT na África do Sul, revelaram sinais de rádio associados à presença de radicais hidroxila (OH), compostos químicos típicos em cometas do Sistema Solar. Isso demonstra que o 3I/ATLAS se comporta como qualquer outro cometa conhecido, mas com uma origem bem mais distante.
A nomenclatura “alienígena” viralizou nas redes sociais, não por sugestões de vida extraterrestre, mas pela origem distante do cometa.
Um Evento Histórico
O dia mais aguardado desta visita cósmica será em 19 de dezembro deste ano, quando o cometa atingirá seu ponto de maior aproximação da Terra. Apesar disso, não haverá risco de colisão, pois ele passará a uma distância segura, permitindo observações privilegiadas.
Astrônomos estimam que o brilho pode aumentar nesse período, possibilitando registros detalhados de sua composição e comportamento. A passagem de 2029 continua sendo um evento histórico, com o asteroide sendo visível a olho nu em algumas regiões do globo.
