Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar responsáveis pelo desvio de recursos destinados a aposentados

Iniciou-se no governo Bolsonaro e continuou no governo Lula.

01/05/2025 5h37

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(Imagem de reprodução da internet).

A ex-mulher de Pitta, Nicéia Camargo, acusou o então prefeito de São Paulo, Celso, de compra de votos, o que levou Pitta a ser réu em 13 processos. Em 2008, Pitta foi preso por descumprimento da pensão alimentícia a Nicéia.

Em 1992, o caso envolvendo Pedro Collor, irmão do então presidente Fernando Collor, surgiu com acusações de corrupção. Collor foi deposto, e não por Pedro, mas pelo motorista Eriberto França, que em depoimento à CPI confirmou a aquisição de um veículo com recursos ilícitos.

Em 2005, o publicitário baiano Duda Mendonça, marqueteiro do PT, declarou ter recebido pagamentos via Caixa 2 no exterior durante a CPI do Mensalão. Lula, então presidente, permaneceu firme, enquanto a oposição buscou desgastar o governo até o término do mandato, que o levou à reeleição.

A saída do governo Lula ocorreu também devido ao caso envolvendo a saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Em março de 2006, Francenildo Santos Costa, um caseiro, declarou a uma CPI que observou Palocci frequentemente em uma mansão de Brasília, onde ocorriam negociações suspeitas e encontros com mulheres de programa.

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É sabido como uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) se inicia, embora não se saiba sempre como ela se encerra. A frase é atribuída ao deputado Ulysses Guimarães, o condestável da Nova República. Isso será novamente posto à prova se for instalada na Câmara a CPI do dinheiro surrupiado aos aposentados e pensionistas.

Quando Ulysses começou a saber da CPI para investigar Collor, ele se opôs. Considerou-a um excesso. Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto popular desde o fim da ditadura militar de 1964. Derrubá-lo causaria má impressão no país, tanto internamente quanto externamente.

Bolsonaro mobilizou seus recursos no Congresso para frustrar a instauração da CPI sobre os mortos causados pela Covid-19, em colaboração com ele, que preferiu permitir que morressem aqueles que deveriam morrer, considerando que não era coveiro. Faleceu mais de 600 mil brasileiros. Quanto a Bolsonaro… Em 2022, foi derrotado!

A discussão sobre uma CPI do golpe de 8 de janeiro foi desnecessária. Nunca se viu antes uma tentativa de golpe divulgada em tempo real pela televisão e pelas redes sociais, com seus passos documentados. Considerar aquilo como baderna é quem o apoia, ou quem qualificou de revolução o golpe de 1964 e o apoiou.

Acredito que os apoiadores de Bolsonaro estão lançando mais um ataque com o pedido da CPI do INSS. Pois o governo Lula já afirma que foi ele quem determinou a apuração da Controladoria Geral da República e que foi ele quem acionou a Polícia Federal para investigar os desvios. Se alguém do atual governo for comprovadamente culpado, será demitido.

Os apoiadores de Bolsonaro afirmam o que será se comprovado o envolvimento de altas figuras do governo anterior no esquema? Aguardemos. Será interessante. Adoro uma CPI.

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Fonte: Metrópoles

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