A secretária-chefe de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou nesta sexta-feira que uma Comissão Parlamentar de Inquérito contra desvios no INSS, proposta em um “ambiente de exploração política”, pode prejudicar as investigações da Polícia Federal.
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A ministra ainda adverte que o andamento da apuração do Congresso, conforme planejado, poderá prolongar o ressarcimento das vítimas, uma vez que sua duração [da CPMI] é prevista para seis meses, afetando as ações já em andamento.
São preocupações que precisamos externar para esclarecer a população. Esta gestão já suspendeu os descontos, acabando com o desvio aos aposentados, demonstrou que conduzirá as investigações até as últimas consequências, disse a ministra.
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Para a coordenadora política do governo Lula (PT), a engenharia criminosa contra os aposentados iniciou-se no governo de Jair Bolsonaro (PL), e a prioridade do governo atual, além de punir os responsáveis, é resarcir as pessoas lesadas e aprofundar as investigações até as origens desses crimes.
A CPMI do INSS foi considerada inevitável no governo Lula, pois a ministra Gleisi se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e recebeu a informação de que seria impossível impedir a investigação. Isso levou integrantes do Planalto a mudarem a estratégia e defenderem que a CPMI só faz sentido se o escopo da investigação incluir o governo de Jair Bolsonaro.
Isso se deve, sobretudo, ao fato de que, conforme apurações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, os contratos fraudulentos no INSS iniciaram-se em 2019, período da gestão do ex-capitão.
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Fonte: Carta Capital