Comissões da Câmara avaliam punições contra parlamentares
O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirma que “não estamos num ringue de boxe” e avalia sanções para quem obstruiu o plenário.

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados avalia sanções, como a suspensão de mandatos de deputados que provocaram tumulto em sessão plenária na quarta-feira (6.ago.2025). O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que já recebeu solicitações de lideranças partidárias para aplicar punições a parlamentares que obstruíram o trabalho do plenário desde a terça-feira (5.ago).
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Motta já havia ameaçado suspender os mandatos na 4ª feira, quando marcou a sessão plenária de 4ª feira (6.ago.2025). Congressistas da oposição ocuparam a Mesa Diretora da Casa para pressionar Motta a colocar em votação o projeto que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro e contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da Câmara dos Deputados afirmou em entrevista ao Metrópoles: “Não estamos em um ringue de boxe onde a solução reside na briga. O que compete ao presidente é utilizar seu instrumento regimental.”
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O deputado Motta declarou que a Mesa Diretora está examinando as imagens do caso com o objetivo de determinar os parlamentares envolvidos. Ele ressaltou que há procedimentos normativos para sancionar deputados que “obstaculizaram, resistiram ou prejudicaram” o desenvolvimento das atividades.
A decisão sobre as sanções foi tomada em conjunto pela Mesa Diretora, após a conclusão da análise das imagens. Motta não especificou quais deputados estão sendo investigados nem quando o resultado será anunciado.
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Motta recordou ainda ocorrências passadas em que a Mesa julgou e aplicou sanções parecidas. Os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG) sofreram suspensão de 3 meses de mandato devido a decisões anteriores da Mesa Diretora.
O Conselho de Ética da Câmara instaurou processo disciplinar contra Gilvan da Federal (PL-ES) em 8 de julho. O deputado proferiu, em sessão da Comissão de Segurança Pública, a sugestão de que a ministra Gleisi Hoffmann fosse chamada de “prostituta do caramba”. Em maio, Gilvan recebeu suspensão de 3 meses.
O Conselho de Ética da Câmara instaurou processo disciplinar contra André Janones em 5 de agosto. O deputado já teve seu mandato suspenso por 3 meses em razão de declarações consideradas homofóbicas.
Fonte por: Poder 360