Condições precárias das estradas dificultam a logística do setor agro, afirma especialista

A expansão da fronteira agrícola e o excesso de burocracia aumentam a complexidade logística e demandam mais estratégias do setor.

18/05/2025 8h49

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(Imagem de reprodução da internet).

A distância entre os polos de produção, os portos de importação e as propriedades rurais representa um desafio para o agronegócio, conforme aponta o especialista em logística para o setor, Jonathan Delpino. Ele ressalta que estradas não pavimentadas e as variações climáticas entre as regiões elevam os custos operacionais e os riscos no transporte.

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As dimensões continentais do Brasil e a infraestrutura inadequada em áreas remotas afetam negativamente a distribuição de fertilizantes, defensivos e sementes para os produtores rurais. O país possui 850 milhões de hectares, dos quais cerca de 70 milhões são utilizados para o cultivo em larga escala de commodities como soja, milho, café, arroz e cana-de-açúcar.

A expansão das áreas cultivadas no território nacional e das fronteiras agrícolas brasileiras aumenta a complexidade logística enfrentada por produtores rurais, cooperativas e revendas de insumos. A afirmação é do Delpino, que ressalta a necessidade de as empresas especializadas adaptarem suas operações às particularidades de cada região produtora.

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A vasta extensão territorial do Brasil representa um fator determinante nos desafios logísticos. A necessidade de atingir áreas cada vez mais distantes exige que as empresas possuam estruturas estrategicamente posicionadas, aptas a oferecer, além de rapidez e qualidade nas entregas, soluções inovadoras e conhecimento aprofundado das particularidades regionais.

A alta demanda por insumos em determinados momentos sobrecarrega a infraestrutura de transporte, notadamente a rodoviária, que é ainda a principal via no Brasil. Essa concentração de pedidos pode gerar congestionamentos e atrasos nas entregas para distribuidores e cooperativas, impactando o planejamento e a eficiência dos produtores rurais.

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O cumprimento de exigências regulatórias também impõe obstáculos para o setor, segundo Delpino. As empresas precisam obter licenças do Exército e da Polícia Federal, registro no Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), autorizações da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e atender às normas técnicas.

Para fertilizantes e defensivos agrícolas, o operador logístico necessita de todas as licenças aplicáveis à categoria dos produtos movimentados, incluindo autorizações do Exército, da Polícia Militar e o registro no Mapa, órgão responsável pelo licenciamento.

Delpino afirmou que a autorização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e o atendimento às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que regulamentam o transporte em território nacional, são requisitos indispensáveis.

Fonte: Poder 360

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